O BTG Pactual (BPAC11) mantém recomendação de compra para MRV (MRVE3), apesar de considerar que os resultados da incorporadora terem sido mais fracos do que o esperado no quarto trimestre do ano passado (4TRI24). O preço-alvo é de R$ 17.
O BTG alerta que a recuperação da margem da MRVE3 no Brasil tem sido mais lenta do que o esperado, devido às provisões para custos excedentes, enquanto a situação da Résia se deteriora diante do cenário de juros elevados nos EUA. Mesmo com o valuation descontado — negociando a 0,6 vez o preço sobre o valor patrimonial (P/VP) —, os analistas veem desafios à frente e planejam revisar suas projeções, ajustando o modelo para um cenário mais difícil em 2025.
De acordo com o banco de investimentos, o desempenho foi impactado por perdas maiores do que o previsto na Résia, subsidiária nos Estados Unidos, e por impostos de renda mais altos devido à reversão de benefícios fiscais no país.
MRV (MRVE3): receita líquida fica em linha com o esperado
Apesar do crescimento de 22% na receita líquida anual, que somou R$ 2,38 bilhões e ficou em linha com as estimativas, a margem bruta ajustada foi de 29,9%, ficando 40 pontos-base abaixo da projeção do BTG. O EBITDA ajustado, por sua vez, totalizou R$179 milhões, um crescimento de 111% na comparação anual, mas 47% abaixo da expectativa dos analistas.
Mesmo com os desafios operacionais, a MRV conseguiu uma geração de caixa positiva de R$312 milhões no trimestre, beneficiada pela venda de recebíveis. O montante foi dividido entre R$203 milhões no segmento de baixa renda, R$16 milhões na Luggo (operações multifamiliares no Brasil), R$19 milhões na Urba (negócio de loteamentos) e R$74 milhões nas operações nos Estados Unidos.
A empresa encerrou o ano com uma dívida líquida de R$6,2 bilhões, representando um índice de 82% na relação dívida líquida/valor patrimonial (VP), além de manter R$3,8 bilhões em passivos de cessão de crédito, que não são contabilizados como dívida.
Como foi o balanço da MRV
A MRV reportou lucro líquido de R$ 78 milhões no quarto trimestre do ano (4TRI24), revertendo o prejuízo líquido do mesmo período do ano anterior havia sido de R$ 31 milhões.
Já no acumulado do ano passado, a construtora atingiu R$ 274 milhões ante perdas de R$ 132 milhões do total de 2023, também revertendo esse resultado.
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