O BTG Pactual ($BPAC11) reiterou recomendação de compra para Prio (PRIO3), porém revisou para baixo o preço-alvo, de R$ 72 para R$ 68. De acordo com o banco de investimentos, com o adiamento na produção do campo de Wahoo e os atrasos subsequentes na campanha de perfuração, uma revisão para baixo nas estimativas de curto prazo era inevitável.
Isso explica as reduções de 9% e 12% nas projeções de EBITDA para 2025 e 2026, respectivamente, para $PRIO3. Além disso, o WACC real foi ajustado de 9% para 10%, levando a uma revisão do preço-alvo para ação, mas mantendo inalteradas as premissas macroeconômicas (Brent a US$ 70por barril e câmbio a R$5,8/US$ para este ano). Isso ainda implica uma valorização significativa de 73% em relação ao preço de fechamento e um múltiplo-alvo EV/boe (1P) de US$ 12/boe.
De acordo com o relatório do banco de investimentos, após um desempenho abaixo do esperado em 2024, as ações da petroleira vêm mostrando uma recuperação relativa em 2025. Embora ainda apresentem uma queda de 2% em Real, a forte valorização do real no ano resultou em um ganho de 7% em Dólar, mesmo com o Brent caindo 5% no mesmo período.
“Esse movimento pode ter sido parcialmente impulsionado pela emissão da licença de perfuração e pelo programa de recompra de ações em andamento. Pode-se argumentar que a incerteza quanto ao timing exato do primeiro óleo de Wahoo e outras iniciativas de crescimento pode atrasar uma valorização mais rápida da ação”diz trecho do relatório.
Prio (PRIO3): valorização implícita não pode ser ignorada
No entanto, para investidores com um horizonte um pouco mais longo, o banco acredita que o potencial de valorização implícito das ações da PRIO é significativo demais para ser ignorado. Um yield de fluxo de caixa para o acionista de 14% em 2025 e de 82% nos próximos três anos reforça nossa visão de que o downside é limitado, enquanto o retorno segue atrativo.
“Após os resultados do 4TRI24 da PRIO, analisamos mais detalhadamente a atualização das reservas da companhia, destacando tanto os desafios quanto as melhorias em diversos gráficos. De modo geral, vemos a capacidade de geração de caixa da PRIO como intacta, sustentada por pequenos ajustes nas curvas de produção, custos e capex”, relatou o BTG.
Isso, combinado com um balanço patrimonial enxuto e um baixo breakeven, continua extremamente valioso para a instituição — especialmente em um ambiente de alto custo de capital — razão pela qual reiteras a Prio como nossa Top Pick entre as petroleiras privadas na América Latina. Um yield de fluxo de caixa para o acionista de 14% em 2025 e 82% nos próximos três anos reforça a visão de que o downside parece limitado, enquanto o retorno permanece atraente.
“O principal risco continua sendo a emissão de licenças ambientais e potenciais novos atrasos em projetos críticos, o que pode impedir que os fundamentos prevaleçam no curto prazo. Essa é uma das razões pelas quais a Prio não é nossa Top Pick geral”, completou o relatório.
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