A Braskem (BRKM5) divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2TRI25) com prejuízo líquido de R$ 267 milhões, revertendo o lucro de R$ 698 milhões registrado no trimestre anterior e reduzindo significativamente o prejuízo de R$ 3,7 bilhões observado no 2TRI24.
O desempenho foi impactado por menores spreads internacionais de polietileno (PE) e PVC, especialmente nos segmentos Brasil/América do Sul e México, além de efeitos da parada programada de manutenção na unidade mexicana e pressões de custo relacionadas ao efeito estoque.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 17,857 bilhões no 2TRI25, queda de 6% em relação ao mesmo período de 2024 e recuo de 8% ante o 1TRI25. A retração foi explicada principalmente pela queda nos preços de referência internacionais de produtos petroquímicos e menor volume de exportações, especialmente no México.
O EBITDA recorrente consolidado foi de R$ 427 milhões (US$ 74 milhões), com redução de 74% na comparação anual e de 68% frente ao trimestre anterior. A margem EBITDA caiu para 6%, ante 9% no 2TRI24.
Balanço do 2TRI25 da Braskem: spreads menores e efeitos operacionais afetam resultado
Segundo a companhia, o cenário global foi desafiador durante o segundo trimestre, com tensões comerciais entre Estados Unidos e China e incertezas tarifárias, que afetaram os fluxos comerciais e pressionaram os preços de referência internacionais. O custo dos produtos vendidos (CPV) também sofreu impacto de matérias-primas adquiridas anteriormente a preços mais elevados, criando um descompasso entre custo e receita.
No Brasil, as vendas de resinas cresceram 3% e as exportações subiram 19% na comparação com o 1TRI25. No entanto, o EBITDA recorrente do segmento caiu para US$ 152 milhões, uma retração anual de 34%. A rentabilidade foi impactada pelo efeito estoque e por ajustes no custo de matérias-primas.
Já nos Estados Unidos e Europa, a Braskem reportou EBITDA recorrente negativo de US$ 8 milhões, reflexo dos custos elevados de insumos e da menor disponibilidade de matéria-prima na Europa. Apesar do aumento nas vendas de polipropileno (PP), os spreads permaneceram pressionados.
No México, o resultado também foi negativo. A parada programada da unidade da Braskem Idesa e a queda no fornecimento de etano por parte da Pemex reduziram o volume de produção e vendas. O EBITDA recorrente foi de US$ -9 milhões.
Confira os principais indicadores do balanço do 2TRI25 da Braskem:

Administração destaca foco em competitividade e estrutura de capital
A Braskem reafirmou seu compromisso com a disciplina financeira e destacou medidas para mitigar os efeitos da volatilidade do setor. Em nota, a administração reconheceu os desafios enfrentados no trimestre, mas também apontou avanços estruturais:
“Apesar do cenário adverso, seguimos focados em nossa estratégia de longo prazo, priorizando a competitividade dos nossos ativos e a solidez da estrutura de capital. Acreditamos que os investimentos em logística, inovação e transição energética serão fundamentais para a retomada da rentabilidade”, afirmou a empresa em comunicado.
“Destaque para a normalização das operações no Brasil, o avanço na construção do terminal de etano no México e a importância da isonomia competitiva para a indústria química nacional”, complementou.
A dívida bruta corporativa da Braskem encerrou o trimestre em US$ 8,5 bilhões, com 68% dos vencimentos a partir de 2030. A posição de caixa (excluindo a Braskem Idesa) era de US$ 1,7 bilhão, sem considerar a linha de crédito rotativo de US$ 1 bilhão disponível até 2026.
A Braskem registrou um prejuízo líquido de R$ 267 milhões no 2TRI25, revertendo o lucro de R$ 698 milhões do trimestre anterior. O prejuízo foi causado por menores spreads internacionais, efeitos da parada programada de manutenção no México e pressões de custo com matérias-primas.
A receita líquida foi de R$ 17,857 bilhões no trimestre, uma queda de 6% em relação ao 2TRI24 e de 8% ante o 1TRI25. O recuo refletiu a queda nos preços internacionais de produtos petroquímicos e o menor volume de exportações, especialmente no México.
O EBITDA recorrente consolidado foi de R$ 427 milhões, com recuo de 74% na base anual. Os principais fatores foram os menores spreads internacionais de PE e PVC, a parada da unidade no México e o efeito estoque — causado por matérias-primas compradas a preços mais altos.
No Brasil, o EBITDA foi de US$ 152 milhões, pressionado pelo custo das matérias-primas. Nos EUA e Europa, o resultado foi negativo em US$ 8 milhões, com impacto do custo elevado de insumos. No México, o EBITDA também foi negativo, em US$ 9 milhões, por conta da parada e queda na oferta de etano.
A empresa destacou que continua focada em competitividade e solidez financeira. Em comunicado, afirmou: “Seguimos focados em nossa estratégia de longo prazo, priorizando a competitividade dos nossos ativos e a solidez da estrutura de capital”.
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