Boa parte dos investidores do mercado acionário dividem sua atenção entre o gráfico e também com os movimentos do megainvestidor Warren Buffett, da Berkshire Hathaway.
O fundador da referida gestora realizou sua conferência anual em Omaha, no Nebraska (EUA).
Ele é considerado uma espécie de “guru” pelo volume de transações bem-sucedidas, levando em consideração que esse segmento é considerado de risco.
Para se ter ideia da força e visão de Buffett, se alguém tivesse alocado US$ 1 mil dólares em 1965 em ações da Berkshire Hathaway, teria atualmente o volume de US$ 18 milhões, em tese.
Já a conferência é, na prática, uma assembleia de acionistas, mas ela acaba reunindo muito mais gente, desde investidores profissionais quanto os chamados sardinhas (novatos) que querem, de um jeito ou de outro, aprender com quem está há anos no mercado.
Isso porque toda empresa de capital aberto deve realizar uma reunião anual para seus acionistas, onde estes possam interagir com os executivos da empresa e também votam acerca de alguns temas relevantes.
O evento reúne mais de 20 mil pessoas por edição e, por isso, acontece em um ginásio, sendo que à parte acontece uma feira onde são expostos inúmeros produtos e serviços realizados or empresas investidas pela Berkshire Hathaway.

Berkshire Hathaway
Outro ponto alto do evento se divide entre as palestras concedidas por Buffett e outros executivos da Berkshire Hathaway, bem como o momento em que eles respondem perguntas e respostas de acionistas, investidores, analistas e jornalistas.
E isso se dá por mais de seis horas, o que revela a seriedade com que o megainvestidor trata seus negócios, bem como seus parceiros.
Quem circula pelo local pode encontrar, ainda, executivos do primeiro escalão, como Tim Cook, CEO da Apple, o proprietário do Hedge Fund, Bill Ackman. Bill Gates, da Microsoft, amigo de Buffet, também apareceu por lá.
E essa efervescência acontece desde 1973, data da primeira conferência, promovida no refeitório dos funcionários da National Indemnity Company, uma das subsidiárias da Berkshire Hathaway.
Woodstock do capitalismo
A conferência da Berkshire Hathaway é chamada de Woodstock do capitalismo.
A holding do megainvestidor obteve uma alta de 536,2% no lucro. Alcançando o volume de R$ US$ 35,5 bilhões no primeiro trimestre de 2023, ante US$ 5,58 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. já o lucro operacional reportou alta de 12,6%, para US$ 8,065 bilhões.
Buffett destacou, em sua fala, que os US$ 504,5 bilhões em patrimônio líquido da empresa são mais do que de qualquer outra companhia americana.
Ainda no 1TRI23 a Berkshire vendeu US$ 13,2 bilhões em ações, comprando apenas US$ 2,8 bilhões.
Setor bancário
Sobre a turbulência do setor bancário dos EUA, Buffett destacou que concorda com a decisão dos reguladores de proteger depósitos bancários em dificuldades, incluindo o do Silicon Valley Bank, que faliu em março. Se não tivessem feito isso, “teria sido catastrófico”, disse o “Oráculo de Omaha”.
Ele diz ter notado que o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) tem um limite de US$ 250 mil para garantir os valores depósitos nas instituições financeiras, mas defendeu mudanças neste teto. Ele disse que ninguém gostaria de explicar por que o limite não foi expandido, considerando que não o fazer poderia levar a uma corrida a mais bancos e prejudicar o sistema financeiro global.
Dólar
Buffet foi enfático acerca do dólar como reserva global, visto que para ele não há opção ou alternativa à moeda norte-americana.
Teto de gastos nos EUA
O megainvestidor também defende que ninguém entende melhor a situação da economia que o presidente do Fed (o banco central dos EUA), Jerome Powell, mas que o mesmo não controla a política fiscal (gastos do governo) e que esse é um ponto que precisa ser endereçado.
Recessão e economia nos EUA
Ele defendeu novamente sua frase: “never bet against America” (“nunca aposte contra a América”). Segundo ele, os EUA são uma nação com vantagens competitivas importantes.
Relação China e EUA
Buffett defende a necessidade de diálogo entre as partes.
Inteligência artificial
Ele falou que a inteligência artificial deve seguir se desenvolvendo, mas que nunca irá substituir ou se equiparar ao cérebro humano.
Apple
A Apple é a principal ação do portfólio da Berkshire Hathaway, sendo a empresa dona de quase 6% da companhia.
Criptoativos
O megainvestidor destaca que as pessoas podem estar perdendo a fé no dólar, mas isso não quer dizer que o bitcoin seja a solução. E frisou: “esqueça esses brinquedos – é uma piada pensar em tokens, isso é loucura”.
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