O caso Americanas (AMER3) ganha novos episódios a cada dia e, desta vez, foram os acionistas principais que entraram em cena.
Acontece que os empreendedores Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira emitiram uma nota pública destacando que desconheciam,“jamais tiveram conhecimento” e, se tivessem, “nunca admitiriam manobras ou dissimulações contábeis” na varejista.
Eles destacam que sua atuação sempre se pautou pelo rigor ético e legal, e “isso foi determinante para a posição que alcançaram na vida”.
Também disseram que a Americanas vinha sendo administrada por executivos qualificados e de reputação ilibada e, além disso, a companhia contava com uma das maiores e mais conceituadas emrpesas de auditoria independente no mundo, a PwC.
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Desta forma, elencaram, “assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados, eles dizem que acreditaram firmemente que tudo estava absolutamente correto”.

Caso Americanas (AMER3): o trio da 3G
O trio da 3G reforça ainda, em nota, que o comitê independente da companhia terá todas as condições de apurar os fatos que redundaram nas inconsistências contábeis, bem como de avaliar a eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras.
“Manifestamos mais uma vez nosso compromisso de integral transparência e de total colaboração em tudo que estiver ao nosso alcance para esclarecer todos os fatos e suas circunstâncias”, destacaram.
E disseram lamentar profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos.
“Reafirmamos o nosso empenho em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores”, ressaltaram.
O caso
Vale lembrar que no dia 11 de janeiro de 2023 o ex-CEO Sergio Rial informou haver ter encontrado inconsistências contábeis nos balanços da companhia da ordem de R$ 20 bilhões. Em menos de 48h a empresa informou ter dívidas de R$ 40 bilhões e por conta da repercussão do fato, viu suas ações derreteram na bolsa brasileira, a B3 (B3SA3).
Desta forma, com os papéis em queda extrema, perdeu R$ 8 bilhões em valor de mercado. Assim, a partir do dia 23 de janeiro de 2023, a ação AMER3 deixou de integrar todos os índices da bolsa brasileira.
Para piorar a situação, a varejista está no meio de um imbróglio jurídico com as instituições financeiras com a qual mantinha contas, bem como algum tipo de investimento. Os bancos pedem à Justiça o bloqueio destas contas como forma de se proteger.
Porém, a própria Americanas acabou entrando com pedido de Recuperação Judicial (RJ) pela mesma razão: se proteger dos credores, ganhar tempo para colocar a casa em ordem e manter as operações em pleno funcionamento.
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