Os acionistas de referência da Americanas (AMER3) e as auditorias externas que chancelaram os balanços da varejista deverão depor na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Ao todo, cerca de 100 pessoas deverão se apresentar ao “xerife” do mercado para esclarecer acerca do rombo de R$ 20 bilhões encontrado no balanço corporativo.
Dentre as auditorias, a PwC e a KPMG são as principais, sendo que a primeira é considerada uma Big Four, ou seja, está entre as quatro maiores do mundo.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, executivos e ex-executivos, bem como integrantes do Conselho de Administração, estão na lista dos que devem ser chamados.
O jornalista não informou acerca de datas e, em se tratando dos acionistas de referência, ele está citando Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. O primeiro ´o homem mais rico do brasil.
Este movimento já era esperado pelo mercado e há, ainda, a possibilidade de eles terem que depor em Brasília, em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), caso um dos deputados interessados nisto consiga levantar o número de assinaturas necessárias, entre seus pares, para abrir o procedimento.
Rombo na Americanas (AMER3)
O caso Americanas iniciou dia 11 de fevereiro de 2023 quando o ex-CEO Sergio Rial trouxe a público a informação de “inconsistências contábeis” nos balanços da companhia. Ele deixou a empresa dez dias após ter assumido o cargo.
Menos de 48h depois a companhia já declarava ter dívidas de R$ 41 bilhões, posteriormente reajustadas para quase R$ 48 bilhões pelo administrador da recuperação judicial.
A instituição corre, agora, para manter suas operações em dia, tentando cativar os pequenos comerciantes que se utilizam de seu marketplace a seguirem com a parceria com a varejista.
Para tal, pretende implementar uma política de pagamentos semanais, para garantir o fluxo em sua plataforma e evitar que estas empresas migrem para a concorrência.
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