A Americanas (AMER3), varejista envolvida em uma suposta fraude contábil) tem três acionistas de referência, que são os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
Eles concordaram com uma restrição à venda das ações que detêm na varejista por três anos (lock-up) como condição para um acordo entre os credores e a empresa.
Vale lembrar que os principais credores da empresa são bancos e instituições financeiras que, quando se tornou público a inconsistência contábil, entraram com liminares de maneira a preservar o direito de recebimento frente a outros compromissos.
Isso se tornou, na ocasião, uma guerra de liminares, mas assim que entrou em recuperação judicial de forma oficial, a varejista conseguiu uma “blindagem operacional”. Ou seja, a Justiça determinou a desobrigação de pagamentos, naquele momento, de maneira que a companhia colocasse a casa em ordem e voltasse a quitar seus débitos.
Em relação ao trio de acionistas, faltaria apenas acertar qual seria o prazo exato de restrição à venda, mas a expectativa é que fique ao redor de três anos. A estimativa é de que o acordo, que inclui aporte de R$ 10 bilhões por parte do trio de acionistas e mais R$ 2 bilhões nos próximos anos, saia até o fim deste mês. A informação e do Estadão.
Americanas (AMER3): o caso
No dia 8 de janeiro de 2023 o ex-CEO Sérgio Rial trouxe à luz a informação acerca de inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões. Na sequência, ele deixou a companhia.
Menos de duas semanas depois a varejista entrava com pedido de recuperação judicial no Brasil e nos EUA, ambos aceitos pela Justiça.
Logo a seguir, os administradores judiciais delegados pela Justiça afirmaram que, ao todo, as dívidas do grupo chegavam a mais de R$ 40 bilhões.
Boa parte desse montante era com bancos e instituições financeiras, que são até hoje seus principais credores.
CVM
Conforme noticiado pelo EuQueroInvestir no dia 5 de junho de 2023, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tornou Sérgio Rial réu.
Além dele, outro ex-presidente da varejista também foi tornado réu pela CVM. Trata-se de João Guerra.
Rial e Guerra são acusados de infringir determinações da Lei das S.A. Rial é acusado de descumprir trecho sobre guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado. Já Guerra é acusado de infringir artigo sobre a obrigação de administradores de uma companhia de comunicar qualquer fato relevante ocorrido nos seus negócios.
Bolsa
Por volta das 15h25 a ação AMER3 subia 2,75%, cotada em R$ 1,12.

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