A Americanas (AMER3) conseguiu uma liminar suspendendo a decisão de segunda instância que impôs, a pedido de credores, a contratação de um watchdog (observador externo) para fiscalizar as operações da empresa. A informação é de O Globo.
De acordo com o periódico, os advogados Basílio e Salomão entraram na terça-feira (27) com mandado de segurança, e o pedido para a contratação de um fiscal externo foi feito por um grupo de credores que representa 40% dos créditos devidos pela Americanas e que inclui BTG (BPAC11), Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4).
Vale lembrar que dois dias atrás a companhia informou que seu conselho de administração aprovou a rescisão do contrato com a PricewaterhouseCoopers (PwC), que será substituída pela BDO para executar a auditoria das demonstrações financeiras de 2022 e o refazimento do balanço de 2021.
Na oportunidade, destacou que está correndo para finalizar seu balanço do quarto trimestre, enquanto redobra os esforços para obter apoio dos credores ao plano de recuperação judicial, segundo fontes próximas ao assunto ouvidas pela Reuters recentemente.
E acrescentou que a varejista entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro após descobrir um rombo contábil de 20 bilhões de reais.
Ao mercado, disse que “não faz qualquer julgamento acerca da natureza ou extensão da participação das empresas de auditoria no episódio”.
Americanas (AMER3): auditoria
Ainda em relação à auditoria, informou que “um maior aprofundamento nos trabalhos de apurações seria necessário para, desde já, assegurar a independência da PwC para seguir com os trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras da companhia”.
Também elencou, citando necessidade de apresentar demonstrações financeiras auditadas o mais brevemente possível, que seu conselho “decidiram pela rescisão do contrato com a PwC e imediata contratação da BDO”.
Bolsa
Por volta das 16h5 a ação AMER3 subia 0,86%, cotada em R$ 1,17. O ativo está fora do índice principal da bolsa brasileira.
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