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Ambev tem lucro de R$ 3,84 bilhões no 3TRI25 com impulso das marcas premium

Ambev tem lucro de R$ 3,84 bilhões no 3TRI25 com impulso das marcas premium

A Ambev (ABEV3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,84 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3TRI25), um crescimento de 7,4% em relação aos R$ 3,58 bilhões registrados no mesmo período de 2024. O lucro líquido reportado somou R$ 4,86 bilhões, alta de 36,4% na comparação anual.

A receita líquida da companhia totalizou R$ 20,85 bilhões, com leve recuo de 5,7% no comparativo reportado, mas alta orgânica de 1,2%, sustentada pelo aumento de 7,4% da receita líquida por hectolitro (ROL/hl). O EBITDA ajustado foi de R$ 7,06 bilhões, estável no critério reportado, mas com crescimento orgânico de 2,9%. 

As margens permaneceram resilientes, com margem bruta de 51,5% e margem EBITDA ajustada de 33,9%, ambas em expansão de 10 e 50 pontos-base, respectivamente.

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Desempenho por regiões

No Brasil, o volume de vendas recuou 7,9%, impactado por um inverno atipicamente frio nas regiões Sul e Sudeste e pela pressão sobre a renda disponível nas regiões Norte e Nordeste. Ainda assim, a companhia destacou que superou a indústria de cerveja e ganhou participação de mercado, sustentando o EBITDA ajustado estável e com expansão de 80 pb na margem EBITDA.

As marcas premium e super premium — lideradas por Original, Stella Artois e Corona — cresceram cerca de 15%, atingindo pela primeira vez quase 50% de participação no segmento premium. O portfólio de cervejas sem álcool e opções balanceadas (como Michelob Ultra e Stella Pure Gold) registrou expansão acima de 30%, reforçando o movimento de premiumização e diversificação.

Na América Latina Sul, o EBITDA ajustado avançou 4,6%, com expansão de 120 pb na margem bruta, impulsionado pela performance na Bolívia e Chile, que compensaram o ambiente ainda desafiador na Argentina. Já na América Central e Caribe, o crescimento foi de 8,5% no EBITDA ajustado, sustentado pela recuperação na República Dominicana e pela melhora de eficiência operacional.

No Canadá, a Ambev também superou a indústria, com queda de 2% nos volumes, mas crescimento de 2% na ROL/hl e expansão de 70 pb na margem EBITDA ajustada, refletindo a boa performance das megabrands Busch, Michelob Ultra e Corona.

Estratégia e mensagem da administração

Em comunicado aos investidores, Carlos Lisboa, CEO da Ambev, destacou a consistência da estratégia em meio ao ambiente desafiador:

“O terceiro trimestre seguiu dinâmico, com as indústrias ainda apresentando sinais de fraqueza. Nesse contexto, a execução consistente da nossa estratégia fortaleceu nossas marcas e resultou em crescimento de um dígito baixo do EBITDA Ajustado, com expansão de margem”, afirmou.

A administração reforçou que o crescimento da receita líquida foi sustentado pela gestão disciplinada de custos e alocação eficiente de recursos, o que permitiu compensar a queda de volumes.

“A execução disciplinada da nossa estratégia continuou fortalecendo nossas marcas, sustentando o desempenho resiliente da receita líquida por hectolitro e o crescimento do EBITDA Ajustado com expansão de margem, mesmo diante de mais um trimestre de indústrias mais fracas”, pontuou a companhia.

Entre os pilares estratégicos, a Ambev destacou:

  • Liderar e expandir a categoria, investindo em marcas premium e novas ocasiões de consumo
  • Digitalizar e monetizar o ecossistema, com avanço de 120% do GMV do BEES no Brasil e aumento de 11% no número de usuários ativos do Zé Delivery
  • Otimizar o negócio, com redução de 0,8% no SG&A e ganhos de produtividade que sustentaram a expansão das margens operacionais

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Fluxo de caixa e recompra de ações

O fluxo de caixa operacional totalizou R$ 6,9 bilhões, queda de 14,7% frente ao 3TRI24, devido a maiores tributos sobre a renda em base caixa. Ainda assim, a geração de caixa foi suficiente para sustentar dividendos intermediários de R$ 6 bilhões e um novo programa de recompra de ações de até R$ 2,5 bilhões, equivalente a 208 milhões de papéis.