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Saneamento é aposta para volta de IPOs, com Aegea e Iguá

Saneamento é aposta para volta de IPOs, com Aegea e Iguá

Duas empresas do setor de saneamento básico despontam como candidatas a retomar os processos de IPO (oferta pública de ações) no Brasil: a Aegea e a Iguá são apontadas por bancos de investimentos como prováveis protagonistas da volta das IPOs, o que não acontece no Brasil desde 2021.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, os analistas de mercado veem as empresas cumprindo os requisitos apontados como necessários para atrair os investidores depois de um período sem empresas realizando abertura de capital.

IPOs é a sigla em inglês para “initial public offering“, oferta pública inicial. Para isso, as empresas precisam apresentar uma série de documentações junto à B3 e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para mostrar indicadores financeiros e de governança e fim de abrir seu capital com a venda de ações no mercado. O Brasil não teve nenhum desses processos encerrado em 2022 e a tendência é que a ausência de repita em 2023.

A expectativa do mercado é que o aumento da atividade econômica, com a provável queda dos juros a partir da reunião do Copom da semana que vem, possa viabilizar a retomada das IPOs a partir do fim deste ano, ainda que provavelmente a venda das ações só deva começar no ano que vem.

A Aegea, que realizou recentemente uma emissão de debêntures incentivadas, diz que não há pressa para o tema. Segundo o diretor financeiro da empresa, André Pires, ainda que a medida de abrir o capital seja “uma alternativa para apoiar o crescimento”, não existe projeto da empresa para a decisão. Ele disse ao Valor, inclusive, que “se é fato que a janela de IPOs vai ser aberta no fim deste ano, não vamos ser nós que vamos reinaugurar”,.

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No caso da Iguá, a empresa se comprometeu, em um acordo de acionistas, a empenhar “seus melhores esforços” para fazer o IPO até 27 de abril de 2024. Seu presidente, Carlos Brandão, diz que enxerga a empresa no longo prazo como uma “corporation”, uma companhia de capital aberto com base pulverizada de acionistas, mas disse que “não há pressão de curto prazo” quanto à realização da oferta.

A Iguá já tentou abrir seu capital duas vezes, entre 2019 e 2020, mas mudou de planos devido à mudança brusca do cenário com a pandemia de covid-19 e um cenário inicial de baixa atividade econômica, seguido por um período de inflação alta e uma nova retração provocada pela alta de juros.

Volta das IPOs: por que o setor de saneamento

Na visão do mercado, dentre as principais explicações para a atratividade da Aegea e da Iguá estão a combinação entre o porte das companhias, que se mostram capazes de resistir a momentos de maior volatilidade do mercado, e os investimentos já contratados por ambas, o que reforça a necessidade de capital no longo prazo.

Entre os pontos negativos, está a falta de uma agenda clara de leilões de água e esgoto, além de modificações feitas pelo governo no Marco Legal do Saneamento Básico que facilitam a contratação de empresas que permanecem estatais.

As duas empresas sinalizam que as oportunidades tendem a crescer no médio e no longo prazo, mas reiteram que há outros formatos para a capitalização, como novas séries de debêntures, e busca por novos sócios sem necessariamente recorrer à bolsa.

  • Depois de ler sobre a possibilidade de volta das IPOs puxada pelas empresas de saneamento, aproveite para conhecer nossa Agenda de Dividendos: veja as melhores ações para comprar entre as empresas de capital aberto para obter renda passiva durante o ano todo.