As ações da Vale (VALE3) sobem mais de 3% um dia após a conferência com investidores, o ValeDay, realizado em Londres, no Reino Unido, e também após a divulgação do guidance da companhia para o próximo ano. O banco BTG Pactual (BPAC11) vê a projeção amplamente em linha com as expectativas, reforçando um operacional mais simples, previsível e focada em retorno de caixa. Nesse cenário, o BTG reforça recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 80.
Para o banco de investimentos, a companhia segue com cenário construtivo para o minério de ferro, prevendo crescimento de demanda global, altas taxas de exaustão e efeitos limitados de Simandou em 2026, sustentando preço estrutural próximo de US$ 100/t, acima do consenso.
“O guidance trouxe volumes de 335–345 milhões de toneladas, C1 entre US$ 20–21,5/t, custo “all-in” entre US$ 52–56/t e capex levemente melhor, reforçando trajetória operacional estável. Na divisão de minério, a Vale mantém foco em flexibilidade, segmentação e otimização do portfólio, incluindo expansão do prêmio de mid-grade, já adicionando US$ 500 milhões em EBITDA. Em cobre, anunciou meta de ~700 mil toneladas em 2035, com crescimento vindo de Sossego/Bacaba, Salobo e hubs Norte/Sul, além de novo JV com a Glencore no Canadá”, diz trecho do relatório do banco.

Ações da Vale: “sinergias” com canadenses
No evento na capital inglesa, o presidente da subsidiária Vale Base Metals, Shaun Usmar, disse que prevê a captação de “sinergias” com a canadense Glencore. A empresa anunciou a assinatura de um acordo com a empresa canadense para avaliar de forma conjunta um novo projeto de desenvolvimento de cobre na Bacia de Sudbury, região mineradora estratégica naquele país. O entendimento cria uma estrutura inicial para estudar sinergias operacionais entre os depósitos subterrâneos das duas companhias, cujas áreas são adjacentes.
Segundo a Vale, o projeto prevê o uso do shaft e da infraestrutura já existentes na mina Nickel Rim South, operada pela Glencore. A partir dessa colaboração inicial, a expectativa é que as empresas formem uma joint venture em participação igualitária para conduzir o empreendimento.
O plano de desenvolvimento inclui o aprofundamento do poço de mina existente e a abertura de novas galerias para acessar depósitos de cobre próximos. As estimativas preliminares indicam que o projeto tem potencial para produzir cerca de 880 mil toneladas de cobre ao longo de 21 anos, com investimento total projetado entre US$ 1,6 bilhão e US$ 2 bilhões.
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