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Ações de bancos brasileiros caem com suspeitas de lavagem no exterior

Ações de bancos brasileiros caem com suspeitas de lavagem no exterior

As ações do bancos brasileiros recuaram no pregão desta segunda-feira (21), após reportagem que denuncia transações suspeitas de grandes bancos no exterior.

Segundo informações do Broadcast, a denúncia não envolve o setor bancário brasileiro.

Já em nota enviada ao Broadcast, a Federação Brasileiros das Bancos (Febraban) afirmou que os bancos brasileiros estão comprometidos com a melhoria e o aperfeiçoamento, de forma constante, com os controles e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo (PLDFT).

  • Veja a abertura dos mercado no exterior

Bancos: desvalorização

Apesar da queda nesta sessão, a desvalorização dos bancos vem persistindo ao longo deste ano.

O Itaú Unibanco (ITUB4) recuou em 2020 36,45%, enquanto Itaú Investimentos, Itaúsa (ITSA4), caiu 33,88%.

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Nesta segunda-feira (21), ITUB4 caiu 0,87% e ITSA4 recuou 0,11%.

Bradesco

Bradesco também perdeu quase 40% do seu valor em 2020.

As preferenciais BBDC4 caíram 38,65% até o fim do pregão de sexta-feira (18). As ordinárias BBDC3, também no Ibovespa, encolheram 39,12%.

Nesta segunda, os papéis encolheram 1,49% e 1,76%, respectivamente.

Santander

Os units do Santander (SANB11) não escaparam e caíram 42,43% no acumulado do ano até aqui.

Hoje, operam com queda de 0,15%.

BB e BTG

O público Banco do Brasil (BBAS3) perdeu na mesma faixa, 39,83%. O banco planeja ainda estar entre os maiores da Bolsa.

Neste 21 de setembro, caiu 1,47%.

No começo do ano, estava cotado a R$ 53,06.

Já o BTG Pactual (BPAC11) recuou 4,17%.

Bancos: motivos para queda

As explicações para tal desempenho são muitas e a reportagem do ICIJ é só outro um obstáculo, embora de impacto mais global do que local.

Antes da pandemia começar, o setor enfrentava problemas com a maior concorrência de bancos digitais.

Além disso, a queda histórica da Selic pressionou seus ganhos.

Mas teve mais: limitação dos juros do cheque especial aprovada pelo Senado e o aumento da inadimplência, pressionando a carteira.

E, claro, a pandemia, que desacelerou a economia e potencializou todos esses desafios.

Efeito PIX

Dia 16 de novembro é a data prevista para entrar em funcionamento o PIX, sistema de pagamento instantâneo criado e regulado pelo Banco Central.

A nova tecnologia chega como alternativa ao DOC (documento de ordem de crédito), à TED (transferência eletrônica disponível), ao boleto, aos pagamentos em dinheiro e também ao cartão de débito.

O PIX vem sendo apontado por alguns especialistas como uma verdadeira revolução no sistema bancário.

Para outros, será apenas mais um meio de pagamento.

O fato é que, para os grandes bancos, as vantagens só serão sentidas no longo prazo. No curto e no médio prazos, o efeito PIX não deve ser positivo.

Bancos têm lucros reduzidos

Em meio ao cenário de crise, os bancos também enfrentam queda nos lucros.

O Itaú reportou prejuízo líquido de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre de 2020, queda de 40%.

O Bradesco recuou 40,1% ao marcar R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2020.

Já o Santander Brasil obteve lucro líquido de R$ 2,136 bilhões no segundo trimestre, queda de 41,2% na comparação com igual período em 2019.

Somente o Banco do Brasil (BBAS3) teve queda menos acentuada.

A instituição reportou uma retração de 25,3% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 3,31 bilhões.

A expectativa para o terceiro trimestre também não é boa.

Reportagem

A semana começou turbulenta nas bolsas asiáticas, com a notícia de que JPMorgan, HSBC, Standard Chartered Bank, Deutsche Bank e Bank of New York Mellon moveram quantias espantosas de dinheiro ilícito de personagens obscuros e redes criminosas de todo o mundo.

A história surgiu após um esforço de uma reportagem investigativa que reuniu mais de 400 jornalistas, de 88 países, incluindo o Brasil, e que foi publicada pelo Consortium of Investigative Journalists (ICIJ), o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

Os arquivos mostram que cinco bancos globais – JPMorgan, HSBC, Standard Chartered Bank, Deutsche Bank e Bank of New York Mellon – continuaram lucrando com personagens poderosos e perigosos.

Isso “mesmo depois que as autoridades dos EUA multaram essas instituições financeiras por falhas anteriores em conter os fluxos de dinheiro sujo”, diz a reportagem.

Mas há ainda movimentações identificadas do China Investment, Commerzbank AG, State Street, Société Générale e Barclays.

Ao todo, os documentos identificaram mais de US$ 2 trilhões em transações entre 1999 e 2017 – incluindo US$ 514 bilhões no JPMorgan e US$ 1,3 trilhão no Deutsche Bank.

O resultado para as ações e para a credibilidade do sistema financeiro é desastroso.

As ações do Standard Chartered e do HSBC listadas em Hong Kong caíram fortemente nesta segunda.

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