O presidente norte-americano Donald Trump foi convidado formalmente nesta terça-feira (26) para comparecer a uma audiência que pode resultar na abertura de um processo de impeachment sobre ele.
Apesar de não ser obrigado a comparecer à sessão, marcada para o próximo dia 4 de dezembro, a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos espera contar com a participação do presidente.
Segundo informações da Agência Reuters, a audiência terá como testemunhas especialistas jurídicos, cujos nomes ainda não foram divulgados.
A intenção é avaliar a investigação da Comissão de Inteligência da Casa sobre as negociações do governo Trump com a Ucrânia. Testemunhas depuseram em audiência pública afirmando que o presidente reteve ajuda ao país do Leste Europeu como forma de pressionar Volodymyr Zelensky a investigar negócios em território ucraniano do filho do ex-vice-presidente Joe Biden, pré-candidato democrata à eleição presidencial de 2020 e rival de Trump.
Jerrold Nadler, presidente democrata na Comissão de Justiça, afirmou ter escrito à Trump para lembrá-lo de que o presidente pode comparecer à audiência e que seu advogado tem a oportunidade de interrogar as testemunhas do processo.
“Basicamente, o presidente tem uma escolha a fazer: ele pode aproveitar essa oportunidade para ser representado nas audiências, ou pode parar de reclamar sobre o processo. Eu espero que ele escolha participar do inquérito, diretamente ou por meio de sua defesa, como outros presidentes já fizeram antes dele”, diz a nota emitida por Nadler.
Impeachment ganha apoio popular
Pesquisa divulgada na terça-feira pela Reuters/Ipsos apontou que o possível impeachment do presidente Donald Trump ganhou apoio popular.
Segundo os números da pesquisa, 47% dos adultos ouvidos acreditam que Trump deva sofrer impeachment, enquanto um percentual de 40% se disse contrário ao processo contra o presidente norte-americano. Quando o assunto começou a ser debatido, a diferença entre os favoráveis e os contrários ao processo era de somente 3%.
A queda de sua popularidade não pareceu abalar o presidente. Em evento do Dia de Ação de Graças na Casa Branca, Trump chegou a fazer piada com a situação. Segundo ele, a ave “Butter” e sua reserva, “Bread”, foram criadas para se manterem calmas sob “qualquer condição”, e isso é importante porque “elas já receberam intimações para aparecer no porão de Adam Schiff na próxima quinta-feira”, brincou, em referência ao presidente da Comissão de Inteligência, o deputado democrata Adam Schiff .
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