A Tenda (TEND3) registrou um lucro líquido de R$ 40,3 milhões no segundo trimestre de 2020, um desempenho 44,8% inferior ao mesmo período de 2019.
De acordo com a Tenda, o desempenho foi afetado pelo menor andamento dos projetos após interrupção de algumas obras em função da Covid-19 e resultado financeiro negativo devido ao aumento dos spreads das novas dívidas.
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A geração de caixa operacional de R$ 71 milhões no trimestre.
O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 6,3 milhões, revertendo um resultado positivo de R$ 2,4 milhões.
As despesas operacionais somaram R$ 105,6 milhões no período, um aumento de 21,9%.
Lançamentos crescem 6,4%
A Tenda lançou 14 empreendimentos do trimestre, VGV de R$ 630,2 milhões, um aumento de 6,4%.
As vendas líquidas foi de R$ 576,4 milhões no trimestre, uma elevação de 20,1%.
Enquanto a velocidade vendas (VSO) líquida foi de 30,4%, alta de 1,5 p.p.
O banco de terrenos atingiu R$ 10,69 bilhões em VGV no trimestre, um aumento de 12,5%.
Ebtida cai 24,1%
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 72,3 milhões, uma diminuição de 24,1%.
A margem Ebtida ajustado atingiu 13,7%, uma queda de 5,7 pontos percentuais.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 14,9%, baixa de 4,4 p.p.
Receita
A receita líquida atingiu a cifra de R$ 526,1 milhões no período, um aumento de 7,6% na comparação com igual período de 2019.
Conforme a Tenda, o desempenho foi impactado pelo crescimento das vendas líquidas e da ligeira reversão para perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa (PCLD).
O lucro bruto ajustado totalizou R$ 169,8 milhões, uma diminuição de 3,7%.
Enquanto a margem bruta ajustada ficou em 32,3%, baixa de 3,8 pontos percentuais.
Dívida Tenda
O caixa líquido da Tenda encerrou o segundo trimestre em R$ 187,7 milhões.
A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida / Patrimônio líquido, ficou em 13,3% no final do trimestre, alta de 3,7 p.p.
Perspectivas
No curto prazo, o lucro líquido da Tenda ainda deve ser impactado por adversidades oriundas da Covid-19.
De acordo com o documento, a perda de preço e de produtividade no auge da pandemia ainda deve transitar pelo resultado da companhia até a entrega das unidades impactadas.
Já as despesas com vendas ainda devem se manter em níveis sub-ótimos devido à baixa frequência dos clientes nas lojas físicas.
Além disso, as despesas financeiras devem permanecer elevadas em função das iniciativas de preservação de liquidez.
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