A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) declarou que um conjunto de fatores associados a China podem contribuir para alavancar a demanda por proteína animal da América do Sul.
Para a ABPA, a “tempestade perfeita” relacionadas a preocupações sanitárias e alimentares na China, podem impactar positivamente os frigoríficos brasileiros.
Dessa forma, o novo surto de gripe aviária aliado ao isolamento da província de Hubei, próxima ao epicentro da epidemia do coronavírus, contribuem para isso.
“Peste suína africana, coronavírus e a gripe aviária influenciam os hábitos do consumidor e podem aumentar a demanda chinesa por carnes do Brasil”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, à Reuters.
Nesse sentido o Brasil sai na frente na oferta de proteína animal, já que nunca registrou um caso de gripe aviária ou peste suína africana.
O presidente da ABPA disse ainda que o Brasil consegue atender ao menos parte da demanda extra por frango importado.
Conforme noticiado pela Bloomberg, a associação de produtores de aves de Hubei disse que o “lockdown” da província ameaça cerca de 300 milhões de frangos, já que a ração está próxima da escassez.
Antes dos problemas relacionados ao coronavírus e à gripe aviária, a expectativa era de que a China produzisse cerca de 12 milhões de toneladas de frango para 2020. Ao mesmo tempo, o Brasil estima uma produção de 14 milhões de toneladas de aves.
Conforme dados da ABPA, em 2019 a importação de frango brasileiro pela China avançou 34%, enquanto que a demanda por carne suína saltou 61%.