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Privatização dos Correios deve sair em 2021 e 40 mil podem ser demitidos

Privatização dos Correios deve sair em 2021 e 40 mil podem ser demitidos

O governo federal deve tirar do papel a promessa de privatização dos Correios em 2021. Para isso ocorrer, cerca de 40 mil pessoas podem perder o emprego com a privatização da estatal. Em agosto de 2019, o governo havia incluído a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) oficialmente no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Por conta da complexidade e do alto impacto da venda, a previsão é que somente em 2021 seja apresentado o formato de privatização. O governo federal pretende vender (totalmente ou parte de) 300 empresas em 2020. A ideia é arrecadar R$ 150 bilhões com esses negócios. Mas os Correios devem ficar mesmo para 2021.

Ao Correio Braziliense, o secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que não há espaço para a privatização ocorrer este ano. Segundo ele, a empresa não deve ser liquidada. Uma consultoria está sendo contratada para avaliar as alternativas do modelo de privatização dos Correios.

 

Dificuldades para privatizar

Mas há alguns empecilhos para tirar a privatização dos Correios do papel. O governo não deve absorver os 40 mil demitidos, e esse é um dos pontos avaliados para efetivar a venda. De acordo com a coluna Painel, da Folha, outro complicador é o passivo de cerca de R$ 11 bilhões deixados pelos governos passados no fundo de pensão Postalis e de R$ 3 bilhões no plano de saúde dos funcionários.

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Outra questão diz respeito à legalidade da privatização. Assim como a Eletrobras, a Casa da Moeda e a Hemobrás, os Correios só podem ser privatizados por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ou um projeto de lei. Ou seja, dependerá ainda do aval do Congresso Nacional. Para acelerar esse processo, o secretário Salim Mattar diz que um projeto de lei deverá ser enviado já no próximo mês para o Congresso.

 

Sobre os Correios

Os Correios têm seu passado recente marcado por episódios de corrupção. Em 2005 envolve-se na CPI dos Correios, que foi o estopim do Mensalão. E em 2016 esteve envolvido na Operação Greenfield, que investigou desvio nos fundo de pensão. Em 2019, a Operação Postal Off investigou esquema de fraudes que resultaram R$ 13 milhões de prejuízo à estatal.

Além disso, teve resultados negativos seguidos entre os anos de 2013 e 2016. Só em 2017 voltou a recuperar o fôlego e apresentou dados mais positivos.

Hoje os Correios estão em 100% dos municípios brasileiros e possuem 11,7 mil agências de atendimento. Com a disseminação de novas tecnologias, a diminuição do envio de cartas é evidenciada a cada ano. Mas o setor de encomendas tem apresentado altas anualmente.