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Comércio eletrônico na China cresce com novos hábitos na pandemia

Comércio eletrônico na China cresce com novos hábitos na pandemia

Os gigantes do comércio eletrônico e delivery na China estão colhendo os benefícios de um número crescente de consumidores que preferem comprar online, uma mudança de hábito que tem se acentuado rapidamente após a instalação da pandemia na vida cotidiana das pessoas em 2020.

Embora a China tenha sido um dos países mais eficientes no controle do surto em seu território, estacionando na casa dos 84 mil casos confirmados e 4,6 mil mortos há meses, os consumidores seguem com os hábitos prudentes de não se deslocar até as lojas físicas.

As empresas chinesas relataram recentemente fortes ganhos no segundo trimestre, conforme as regras de bloqueio na segunda maior economia do mundo foram relaxando.

A Alibaba é uma delas, com o lucro líquido saltando 124% no segundo trimestre.

Offline para online

A migração para o online já era esperado, com ou sem Covid-19.

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“Após o advento da Covid-19, o ritmo de digitalização acelerou e a mudança de offline para online, em particular para compras individuais, está se tornando um hábito para os consumidores”, disse o banco de investimentos Jefferies, em nota recente sobre os resultados da Alibaba.

Meituan Dianping, plataforma de compras para serviços e varejo, incluindo entretenimento, restaurantes, entregas, viagens etc., registrou lucro líquido de US$ 319,5 milhões.

Isso representa um aumento de mais de 152% com relação ao ano anterior.

É mais impressionante quando se sabe que no primeiro trimestre, houve prejuízo.

A CNBC ressalta que, “embora o lucro operacional do segmento de lojas, hotéis e viagens da Meituan tenha caído 11,9% em relação ao ano passado, o serviço de delivery teve aumento de mais de 65%”.

E a Meituan também informou que o número de novas marcas no site aumentou mais de 110% no ano no segundo trimestre.

“A pandemia acelerou a migração online dos restaurantes, aumentando o mix de comerciantes de alta qualidade em nossa plataforma durante o período”, disse Meituan em um comunicado à imprensa.

Alibaba, dona do comércio eletrônico

Entretanto, nada se compara mesmo ao poderio da Alibaba.

A empresa registrou 124% de aumento de um trimestre para outro.

Mas, se esse número pode parecer mentiroso, já que o surto na China foi mais sentido no primeiro trimestre.

Mesmo assim, a Alibaba registrou aumento de 34% com relação ao segundo trimestre de 2019, o que não deixa dúvidas.

Além disso, como a Meituan, o serviço delivery do Alibaba Ele.me, também viu seus números melhorarem.

“O crescimento do valor bruto da mercadoria na entrega de alimentos da Ele.me tornou-se positivo em abril e melhorou durante o trimestre, uma vez que as medidas de bloqueio para a pandemia na China foram suspensas”, disse o Alibaba em seu relatório de resultados.

O JD.com, rival do Alibaba, também registrou ganhos fortes.

A empresa informou que o lucro líquido do trimestre de junho foi de US$ 2,32 bilhões.

Esse valor representa um aumento impressionante de mais de 2.500% ano a ano.

“Desde o surto, a JD tem alavancado firmemente a cadeia de suprimentos e recursos de tecnologia distintos para contribuir com a sociedade e garantir o fornecimento constante e a entrega ininterrupta de necessidades diárias aos consumidores”, disse Richard Liu, CEO da JD.com.

No Brasil

As empresas também perceberam o furacão online passando.

Entretanto, como a pandemia não foi controlada no país, ainda não se sabe exatamente se o hábito de consumo do brasileiro mudou ou se é uma tática de sobrevivência para continuar comprando.

A despeito disso, sem esperar para ver, empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR3) reforçam o online.

A Magazine Luiza, apesar do prejuízo líquido de R$ 64,5 milhões no segundo trimestre deste ano, se consolidou como líder do e-commerce brasileiro.

As vendas de comércio eletrônico da empresa dispararam 182% no período, atingindo R$ 6,7 bilhões.

Esse valor já representa 78% das vendas totais.

Entretanto, a Via Varejo, holding que comanda a Casas Bahia e o Ponto Frio, quer retomar o primeiro lugar.

“Ganha o jogo quem se adaptar mais rápido”, disse Roberto Fulcherberguer, CEO da Via Varejo.

Para chegar lá, a companhia está investindo pesado em tecnologia.

Esta semana a Via Varejo abriu vaga para a contratação de 300 programadores que atuarão em home office.

Com CNBC