O Bradesco (BBDC4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 6,067 bilhões no segundo trimestre do ano (2TRI25), tendo uma alta de 28,6% frente o mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 4,716 bilhões. No acumulado do primeiro semestre do ano, o lucro líquido chegou a R$ 11,9 bilhões contra R$ 8,9 bilhões do mesmo período de 2024, resultando em uma alta de 33,7%.
A margem financeira chegou a R$ 18 bilhões no 2TRI25 contra R$ 15,5 bilhões no mesmo período do ano passado, tendo um avanço de 15,8%. Já no total do primeiro semestre do ano, o acumulado foi de R$ 35,2 bilhões frente a R$ 30,7 bilhões comparado com igual período do ano anterior, sendo uma variação positiva de 14,8%.
Já o margem financeira líquida foi de R$ 9,9 bilhões ante R$ 8,2 bilhões do segundo trimestre do ano passado, significando uma alta de 19,4%. Já nos seis primeiros meses do ano, foi registrado o acumulado de R$ 19,4 bilhões frente a R$ 15,6 bilhões do mesmo período do ano passado, tendo uma variação positiva de 24,7%.
Bradesco (BBDC4): crédito cresce 11,7% no 2TRI25
A carteira de crédito expandida apresentou crescimento de 11,7% na comparação anual e de 1,3% em relação ao trimestre anterior, alcançando novo patamar no segundo trimestre de 2025 (2TRI25). O destaque ficou para o avanço das linhas com garantia, que passaram a representar 58,5% da carteira, ante 57,0% no primeiro trimestre.
No segmento de pessoa física (PF), houve aumento expressivo em modalidades como crédito imobiliário e crédito pessoal. Já o crédito consignado do INSS registrou retração na produção, refletindo os ajustes do setor às novas exigências regulatórias implementadas ao longo do trimestre.
Para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), a instituição manteve o foco em operações com garantias, como capital de giro e antecipação de recebíveis. Parte dessas concessões foi viabilizada por meio dos programas do governo federal, com uso de garantias dos fundos FGI e FGO.
A inadimplência permaneceu estável e sob controle. O índice de atrasos superiores a 90 dias (over 90) ficou em 4,1% em junho, o mesmo percentual observado em março. Entre os clientes de PF, a inadimplência se manteve em 5,1%. No segmento de grandes empresas, houve leve alta de 0,3% para 0,4%, reflexo da contração da carteira. Já nas MPMEs, o índice ficou inalterado em 4,3%.
A qualidade da carteira também apresentou leve melhora, com a participação dos créditos classificados nos estágios 1 e 2 subindo para 92,1%, alta de 1,6 ponto percentual em doze meses. O custo de crédito teve leve elevação, passando de 3,0% no 1T25 para 3,2% no 2T25, considerada normal diante do maior crescimento nas linhas massificadas.
Outro destaque do trimestre foi a redução da carteira reestruturada, que caiu R$ 1,5 bilhão frente ao trimestre anterior e R$ 7,8 bilhões na comparação anual, sinalizando melhora na saúde financeira dos clientes.
As receitas com prestação de serviços também apresentaram bom desempenho, com alta de 5,5% no trimestre e 10,6% em relação ao segundo trimestre de 2024. As principais fontes de crescimento foram as receitas com cartões, consórcios e atividades no mercado de capitais.
Nicolas Merola, analista da EQI Research, avaliou que o Bradesco apresentou resultados financeiros do segundo trimestre do ano (2TRI25). com pontos fortes e disse que o banco fez o dever de casa.
De acordo com ele, ao observar as receitas reportadas pelo banco é possível observar um crescimento de R$ 51 bilhões, no trimestre anterior (1TRI25), para R$ 56 no 2TRI25.
Outro ponto positivo do banco foi a área de seguros que, como sempre, é considerado um segmento significativo.
“A área de seguros contribuiu com aproximadamente R$ 2 a R$ 2,5 bilhões de resultados em termos de lucro. Houve, portanto, um lucro final crescente de R$ 5,8 bilhões no primeiro trimestre desse ano, para R$ 6,06 bilhões neste trimestre”, comentou ele.
“O que a gente pode destacar aqui sobre o resultado de uma forma geral? Foi importante esse resultado que o banco conseguiu manter os seus patamares estáveis”, completou ele.
De acordo com ele, o banco está apresentando um índice de eficiência perto dos 51%, lembrando que quanto menor esse número, melhor. E ele vem de um processo de queda desde o terceiro trimestre do ano passado, dos 52%. Ele passou para 51,8% no trimestre anterior e agora chega a 51,2%.