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Vendas no varejo nos EUA avançam 0,5% em março, mas abaixo da expectativa

Vendas no varejo nos EUA avançam 0,5% em março, mas abaixo da expectativa

As vendas no varejo dos Estados Unidos (EUA) subiram 0,5% em março. O indicador ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava um avanço de 0,6%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (14), pelo United States Census Bureau. Com isso, as vendas totalizaram US$ 665,7 bilhões.

Vendas no varejo nos EUA

De acordo com a pesquisa, as vendas totais entre os meses de janeiro a março aumentaram 12,9% em comparação com o 1º trimestre de 2021. Por sua vez, a variação percentual de janeiro e fevereiro foi revisada 0,3% para 0,8%. 

As vendas do comércio varejista cresceram 0,4% em março ante o segundo mês de 2022. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o índice variou positivamente em 5,5%. 

Dentre os segmentos com maior destaque, o Census Bureau cita o aumento do consumo em postos de gasolina (37%) e serviços e locais de alimentação e bebidas (19,4%).

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O que o BTG Pactual (BPAC11) pensa sobre as vendas no varejo nos EUA

Os analistas de Research do BTG Pactual (BPAC11) analisaram os resultados das vendas no varejo nos EUA. Eles destacam sobre as leituras positivas nos três primeiros meses do ano, que encerrou o trimestre com uma alta de 4,2%. 

O resultado foi impulsionado, segundo o banco de investimentos, pela alta forte dos Postos de Gasolina, que sofreram influência sobre o preço dos combustíveis. Com isso, a renda dos consumidores de Bens de segunda necessidade para o abastecimento dos veículos recuou no período. 

O relatório ainda aponta sobre o avanço nos grupos de Vestuário (2,6%), Lojas de Mercadorias (5,4%) e Alimentação (1,0%), que tiveram um mês de fevereiro mais fraco e conseguiram recuperar parte dos prejuízos. 

Vendas no varejo nos EUA

Dito isso, as vendas no varejo dos EUA indicam um cenário mais positivo para a economia americana. Apesar disso, ainda é preciso ficar atento com a inflação, pois ela tende a promover uma aceleração mais devagar. 

Mesmo com isso, o 1º trimestre mostrou um ambiente mais promissor do que o apresentado no último trimestre do ano passado, informa o BTG Pactual.

Tá, mas e daí?

Com os dados das vendas no varejo nos EUA em mãos, os analistas pedem cautela sobre o varejo norte-americano. visto ele deve apresentar dados mais brandos diante da rotação do consumo com Bens de segunda necessidade e uma maior concentração em consumo de Bens essenciais e serviços. 

“A inflação deve seguir impactando a renda real disponível, dificultando a diversificação do consumo, além de um nível de poupança normalizado e o fim dos auxílios de 2021”, alerta o banco de investimentos. 

Dessa forma, a confiança segue com sentimento mais negativo influenciado pelo ambiente inflacionário, que deve produzir uma desaceleração do consumo. Todavia, os analistas esperam um mês de abril mais acomodado.

“A despeito da desaceleração esperada no segmento, o carrego para 2022 encontra-se em 7,7%, ante avanço de 19,2% em 2021. O resultado reforça nossa expectativa de um crescimento do PIB próximo de 1,5% no primeiro trimestre e um resultado anual acima da atual projeção do Fed (de 2,8%)”, conclui o relatório do BTG Pactual.