Alô, câmbio! Tudo bem com você?
Já venho trazendo para vocês há um bom tempo a saga dos Bancos Centrais aqui na nossa coluna semanal.
Como eu já vinha prevendo, o movimento das moedas ao redor do mundo tem dependido basicamente do que se espera que vá acontecer com as taxas de juros no futuro. E os chamados “fundamentos” e questões políticas são deixados em segundo plano…
Bacen na mesma batida
O Brasil segue subindo a Selic sem dar sinais de uma parada no tal ciclo de altas. Apesar da torcida de muitos…
Isto só aumenta a atratividade da chamada renda fixa no país, atraindo uma enxurrada de recursos do exterior. E foi mais uma semana com o real valorizando frente os seus pares lá fora.
Câmbio: e o Fed… quanta indecisão
O BC Americano segue dando sinais difusos ao mercado. Se na semana passada a mensagem era de uma escalada de juros, hoje já não podemos dizer o mesmo.
Jerome Powell lamentou não ter começado o ciclo de altas antes (ah vá), porém, se diz preocupado com o ritmo de crescimento econômico. E o dólar se desvalorizou, claro…
Teremos recessão?
Não são poucos os analistas que cravam uma diminuição no PIB americano para os próximos meses. É o grande dilema de todo Banco Central…
Se a inflação está alta, a principal ferramenta para conter o processo é nada menos que subir a taxa básica de juros. O efeito colateral desta medida é nada menos do que a diminuição da demanda. E crescimento menor ou até negativo no futuro…
Câmbio: como fica a eleição por lá?
Bastante complicada… Para quem gosta de pesquisa, Biden segue com índices inferiores ao de Trump nos “piores momentos” do mandato. Mesmo com toda “torcida” a favor, é muito provável que os democratas percam a maioria não apenas no Senado. Mas na Câmara também…
Pato Manco (lame duck)
Quando um Presidente fica sem maioria nas duas Casas, ele perde qualquer capacidade de aprovar medidas que demandem apoio no Congresso. E vira um pato manco, por assim dizer… Biden corre o risco de repetir o caso de Obama, que teve que passar pelo mesmo problema.
Câmbio: nada de novo por enquanto
O recado da última semana, segue valendo: fique de olho no que os membros dos Comitês dos bancos centrais vão dizer. Depende desse pessoal o movimento dos juros futuros e, por tabela, para onde vai a cotação do real nos próximos meses.
Por hoje, é só. Até semana que vem! Câmbio, desligo.
Por Alexandre Viotto, head de câmbio e comércio exterior da EQI Investimentos
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