O governo central registrou superávit de R$ 19,309 bilhões em julho, sendo superior a mediana, que era de R$ 17,6 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. Este foi também o maior valor par ao mês desde 2011 em termos reais.
De acordo com os dados, divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (30), no acumulado do ano até julho, o superávit acumulado pelo governo é de R$ 73,008 bilhões, sendo também o melhor resultado para o período desde 2012.
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Superávit: Tesouro Nacional chega a R$ 38,026 bilhões
Considerando apenas o Tesouro Nacional e o Banco Central, houve superávit de R$ 38,026 bilhões. Enquanto isso, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) registou déficit primário de R$ 136 milhões no mês apurado.
No período acumulado de 12 meses, o governo central obteve superávit primário equivalente a 1,38% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Já a receitas governamentais cresceram 8,7%, em termos reais, no mesmo período apurado.
Com relação ao aumento das receitas, estas se deram graças a uma arrecadação maior de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Neste ano, a elevação da receita total é de 15,1%.
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Enquanto isso, as receitas administradas cresceram 10,1% em julho e as despesas caíram 17,9%. No acumulado de 2022, ocorre uma retração de 1,9% nas receitas. Porém, as despesas sujeitas ao teto de gastos tiveram crescimento de 14,2% no acumulado de 2022.
BTG (BPAC11): superávit é fruto de desaceleração de benefícios previdenciários
O banco BTG Pactual (BPAC11) avaliou que o superávit primário registrado no mês de julho é derivado, especialmente, da desaceleração das despesas com benefícios previdenciários, precatórios e despesas discricionárias. O banco espera um resultado primário do governo central de R$ 30,2 bilhões em 2022 e -R$ 55,3 bilhões em 2023.
Pela esfera da receita, observou-se uma menor arrecadação com relação ao dado de junho, mês de recebimento de R$ 26,8 bilhões da privatização da Eletrobras (ELET3; ELET6), mas registrando uma das maiores receitas do ano.
Segundo o banco de investimentos, a despeito de observar dados correntes mais fortes e uma melhora no curto prazo, as medidas fiscais adotadas (Auxílio Brasil, Voucher-Caminhoneiro, etc.) e redução de impostos federais podem deteriorar o resultado primário.
“Dessa forma, monitoramos o risco de permanência das medidas fiscais implementadas, colocando alta probabilidade na manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 a partir de 2023, elevando o custo do programa para 1,4% do PIB e já tendo incorporado esta despesa em nosso cenário base”, avalia o BTG.
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