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Verde, liderada por Stuhlberger, vê crise de crédito se formando no Brasil

Verde, liderada por Stuhlberger, vê crise de crédito se formando no Brasil

A Verde Asset, liderada por Luis Stuhlberger, um dos nomes mais respeitados do mercado financeiro, fez duras críticas ao governo federal por gerar “barulho” desnecessário após anunciar medidas para melhorar a perspectiva fiscal, como a reoneração sobre os combustíveis. 

A declaração da Verde foi divulgada em sua carta mensal que foi divulgada na última terça-feira (7). 

A nota cita que os anúncios do governo federal, que deveriam trazer mais tranquilidade para os agentes financeiros, terem sido abafados por “graus excessivos de ruído desnecessário e contraproducente”.

A gestora avaliou que as ações do governo de reonerar os combustíveis e impor taxação sobre as exportações de petróleo, ao mesmo tempo em que fez críticas ao Banco Central por causa do nível da taxa de juros, tiveram um impacto negativo no mercado local.

Ao passo disso, a Verde alerta que o cenário atual é delicado, visto que há sinais de um “incipiente credit crunch” (crise de crédito) atingindo a economia brasileira. “Não por acaso, os prêmios de risco dos ativos brasileiros seguem bastante altos”, escreve a casa.

Mesmo diante do cenário conturbado no mercado local, a Verde relatou que manteve sua exposição na bolsa brasileira, bem como sua posição comprada na inflação implícita do Brasil, por meio de operações em que os gestores obtêm lucros com o aumento das expectativas inflacionárias no longo prazo.

A alocação em crédito local do tipo high yield (maior retorno e maior risco) também seguiu a mesma na passagem de janeiro para fevereiro.

Mudanças estratégicas nos EUA

A carta mensal da Verde informa que realizou algumas alterações em fevereiro. A gestora iniciou uma posição comprada em juros americanos (que se beneficiou do aumento das taxas), bem como uma exposição comprada à inflação americana.

De acordo com a Verde, o tom construtivo dos mercados desenvolvidos em janeiro foi trocado por um choque de realidade em fevereiro. No mês anterior, a gestora avaliou que a economia americana mais uma vez surpreendeu, demonstrando “força e maior resiliência” em relação a outros países desenvolvidos.

Os dados americanos de emprego, renda e consumo divulgados ao longo do mês surpreenderam as expectativas, e levaram a uma importante mudança de narrativa dos mercados”, cita a carta mensal. 

No mês passado, houve uma forte variação de preços em conjunto com essa mudança. A Verde observou que o dólar se fortaleceu, especialmente em relação às moedas do G10, as taxas de juros dos países desenvolvidos aumentaram significativamente e as bolsas de valores retrocederam em relação aos bons resultados do início do ano.

Talvez o melhor exemplo desse processo seja a taxa projetada dos Fed Funds [taxa básica da economia americana] no fim de 2024: ela subiu incríveis 89 pontos-base [0,89 ponto percentual] ao longo do mês, saindo de 3,12% para 4,01%”, ressaltou a casa.

Pela expectativa de mais uma alta dos juros americanos, a Verde segue temerosa com a precificação das bolsas globais e com os risco de uma nova aceleração da inflação. Para se proteger disso, a casa contou que voltou a montar uma proteção (hedge) na bolsa americana e zerou o risco de juros na Europa, que se beneficia pela alta das taxas. A gestora também disse que encerrou posição vendida (que se beneficia da queda) no euro contra o real.

A alocação em ativos de crédito high yield globais, por outro lado, foram mantidas, juntamente com exposições compradas em ouro e petróleo.

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