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Resumo da semana: guerra e Fed dominaram o debate econômico

Resumo da semana: guerra e Fed dominaram o debate econômico

O resumo da semana é que a guerra da Rússia contra a Ucrânia e os próximos passos do Federal Reserve (Fed) quanto aos juros nos EUA dominaram os debates.

No Brasil, destaque para o Ibovespa que operou boa parte da semana descolado do exterior, ainda sendo fortemente ajudado pelo fluxo estrangeiro; para o dólar que vem operando perto dos R$ 5, configurando uma boa janela de oportunidade para o investidor; e também para a temporada de balanços, com Petrobras (PETR3 PETR4) e Vale (VALE3) entre as empresas que divulgaram os resultados do 4TRI21. Confira o resumo da semana.

Resumo da semana no exterior

Guerra na Ucrânia

Segue o conflito na Ucrânia, com tropas russas chegando à capital Kiev na sexta-feira (25). A intenção de Vladimin Putin, acreditam os analistas, é a substituição da presidência ucraniana por alguém mais alinhado à Moscou.

Do lado ocidental, o pacote de sanções econômicas anunciado pelo presidente americano Joe Biden foi considerado suave, o que deu alívio ao mercado – com bolsas americanas fechando no positivo no dia da invasão da Ucrânia, inclusive.

O anúncio mais aguardado, de expulsão da Rússia do Swift (sistema de pagamentos e transferências entre instituições financeiras), não aconteceu. Vale lembrar que a Alemanha é a maior opositora às propostas de sanções, já que é altamente dependente do gás russo.

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Em meio ao conflito no leste europeu, vem também alerta da Ásia: a China invadiu o espaço aéreo de Taiwan no mesmo dia do ataque russo à Ucrânia.

Inflação nos EUA em linha com o esperado

O PCE, índice de preços dos gastos com consumo americano, que é a medida favorita do Federal Reserve (Fed) para acompanhar a inflação (recorde em quatro décadas no país) veio em linha com o esperado (alta de 0,6%; 0,5% no núcleo) e não adicionou pressão na expectativa pela alta de juros nos EUA. https://euqueroinvestir.com/pce-sobe-06-em-janeiro-ante-04-em-dezembro/

Até aqui, o mercado aposta em 0,25 ponto porcentual de alta em março – os 0,50 p.p. foram abandonados na medida em que a crise na Ucrânia ganhou escala e passou a ameaçar a retomada econômica mundial pós-Covid.

PIB dos EUA crescem 7% no 4TRI21

Nos EUA, a segunda prévia do PIB mostrou crescimento de 7% no 4TRI21, 0,1% acima da primeira leitura, de 6,9%.

A Alemanha anunciou que seu Produto Interno Bruto (PIB) recuou 0,3% no 4TRI21 ante o 3TRI21. No entanto, o resultado veio melhor do que o aguardado pelo mercado, que era queda de 0,7%. Na comparação anual, houve alta de 1,8% no trimestre.

Já a França cresceu 0,7% no 4TRI21, segundo prévia, em linha com a expectativa, e 5,4% na comparação anual.

Resumo da semana no Brasil

Janela do dólar

Desde o dia 3 de janeiro, quando o dólar registrou a marca de R$ 5,68, a moeda norte-americana segue uma tendência de queda em relação ao real que só foi interrompida pelo conflito na Ucrânia – que na quinta-feira (24), causou aversão generalizada ao risco e uma procura pelos ativos considerados mais seguros.

Ainda assim, o dólar fechou em R$ 5,10, quando a projeção para o ano, no cenário-base, é R$ 5,60. Não custa lembrar: este é um ano de eleição no Brasil, quando tradicionalmente o real fica desvalorizado. Ou seja: há uma importante janela aí, que não deve ser ignorada pelo investidor.

Conversamos com dois especialistas da EQI Investimentos, Denys Wiese, head de renda fixa, e Alexandre Viotto, head de câmbio, para esclarecer quais são as melhores opções de investimentos neste cenário. Confira aqui!

IPCA-15 sobe acima da projeção

IPCA15, considerado uma prévia da inflação, subiu 0,99% em fevereiro, ante 0,58% de janeiro. A projeção era de alta de 0,87%. O resultado deve intensificar as apostas do mercado de Selic cada vez mais próxima de 13% no fim do ciclo de alta.

IGP-M sobe 1,83%

O IGP-M, inflação do aluguel, subiu 1,83% em fevereiro ante janeiro.

Superávit primário do setor público é recorde

Começando o ano com uma forte arrecadação, o resultado primário do setor público consolidado apresentou o maior superávit da série histórica, com resultado bastante acima do esperado pelos agentes de mercado: R$ 101,8 bilhões em janeiro de 2022, ante expectativa do mercado de por R$ 82.

Índices de Confiança

A FGV divulgou, ao longo da semana, uma série de indicadores de confiança.

Confiança Empresarial caiu 0,5 ponto em fevereiro, para 91,1 pontos, menor nível desde abril de 2021.

A Confiança do Comércio subiu 2,1 pontos em fevereiro, ao passar de 84,9 para 87,0 pontos, primeira alta depois de três meses de quedas consecutivas.

A Confiança de Serviços caiu 2 pontos, para 89,2 pontos, menor nível desde maio de 2021.

E a Confiança da Construção subiu 0,9 ponto em fevereiro, para 93,7 pontos. O Índice Nacional de Custo da Construção Mensal (INCC-M) variou 0,48% em fevereiro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando o índice registrou taxa de 0,64%.

Desemprego retorna ao nível pré-pandemia

A Pnad Contínua apresentou a oitava queda consecutiva (de 12,6% para 11,1%) na taxa de desemprego do país, retornando ao nível pré-pandemia.

A Câmara concluiu a votação do projeto de lei que legaliza bingos e cassinos. O texto segue agora para o Senado.

Em indicadores, destaque para a Pnad Contínua, do IBGE, que apontou que a taxa de desemprego caiu para 11,1% no quarto trimestre, recuo de 1,5 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior (12,6%).

A FGV divulgou logo cedo a Confiança da Indústria, que caiu pelo 7º mês consecutivo, 1,7 ponto em fevereiro, para 96,7 pontos, menor nível desde julho de 2020 (89,8 pontos).

No campo político, o Senado adiou para 8 de março a votação dos projetos dos preços dos combustíveis. A Câmara aprovou o texto-base do projeto de legalização dos bingos e cassinos no país.

Confiança do Consumidor, da FGV, que subiu 2,9 pontos em fevereiro, para 77 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos).

taxa de desemprego

Reprodução/IBGE

Temporada de balanços

A semana também foi de continuidade da temporada de balanços do 4TRI21. Confira os destaques:

  • Vale (VALE3) reporta lucro líquido de US$ 5,427 bi no 4TRI21,crescimento de 634,4% na comparação com igual período de 2020. A empresa vai pagar US$ 3,5 bi em dividendos.

Vale

  • Petrobras (PETR3; PETR4) registra lucro líquido de R$ 31,5 bi no 4TRI21, queda de 47,4% na comparação com o mesmo período de 2020.
  • CCR (CCRO3) tem prejuízo líquido de R$ 133,2 mi no 4TRI21, ante prejuízo de R$ 74,8 milhões no quarto trimestre de 2020.
  • Americanas (AMER3) anuncia lucro líquido de R$ 490 mi no 4TRI21, alta de 20,5%.
  • JHSF (JHSF3) tem lucro líquido de R$ 256,6 mi no 4TRI21, alta de 33,4%.
  • Intelbras (INTB3) reporta lucro líquido de R$ 100,1 mi no 4TRI21, queda de 51,6%.
  • IRB Brasil (IRBR3) tem prejuízo de R$ 370,9 mi no 4TRI21, com redução de 42,4% frente às perdas do mesmo período do ano anterior.
  • Ambev (ABEV3) reporta lucro líquido de R$ 3,747 bi no 4TRI21, queda de 45,6%.
  • GPA (PCAR3) tem lucro líquido de R$ 777 mi no 4TRI21, alta de 107,7%. TIM (TIMS3) registra lucro líquido de R$ 768 mi no 4TRI21, queda de 26%.
  • Minerva Foods (BEEF3) reporta lucro líquido de R$ 150,3 mi no 4TRI21, alta de 31,7%.
  • Sulamerica (SULA11) reportou prejuízo líquido de R$ 31,2 mi.
  • Rede D´Or (RDOR3) e Sulamerica (SULA11) aprovam acordo de associação.
  • Assaí (ASAI3) reporta alta de 76,3% no lucro líquido do 4TRI21 ante 4TRI20, com R$ 527 milhões.
  • Banco Inter (BIDI11) tem lucro de R$ 6,4 milhões no quarto trimestre, queda de 67% na base anual.
  • JSL (JSLG3) lucra R$ 54,3 milhões no 4TRI21, com alta de 78%.
  • Movida (MOVI3) tem lucro líquido de R$ 276,7 milhões no 4TRI21, alta de 99,5% frente ao 4TRI20.
  • Mitre Realty (MTRE3) registra queda de 44,5% no lucro líquido do 4TRI21, com R$ 12,5 milhões.
  • Cosan (CSAN3) tem lucro líquido ajustado de R$ 411,2 milhões no 4TRI21.
  • Klabin (KLBN11) tem queda de 14% no lucro líquido do 4TRI21, ao passar de R$ 1,327 bilhão, no 4TRI20, para R$ 1,050 bilhão.
  • Gerdau (GGBR4) tem lucro líquido de R$ 3,565 milhões no 4TRI21, com alta de 241% ante o 4TRI20.
  • 3R (RRRP3) registra lucro líquido de R$ 19,7 milhões no 4TRI21, revertendo prejuízo de R$ 14,75 milhões do 4TRI20.
  • BRF (BRFS3) tem lucro líquido R$ 964 milhões, com alta de 6,9% na comparação anual.
  • Nubank (NUBR33) tem lucro líquido ajustado de US$ 3,2 milhões no 4TRI21, queda de 79% na comparação anual.
  • Vivo (VIVT3) tem lucro líquido de R$ 2,628 bilhões, alta de 103,2% na comparação anual.
  • Localiza (RENT3) registra lucro líquido de R$ 442,1 milhões, alta de 10%.
  • Raia Drogasil (RADL3) tem lucro líquido de R$ 187 milhões, com redução de 5,7% frente a 4TRI20.