Desde 1993, ganho dos fundos multimercado é de 6.051%, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Para se ter ideia, outros tipos de fundos, ou aqueles com foco em estratégias de juros e moedas tiveram valorização de 3.395%, em comparação aos 1.903% do Ibovespa, 3.148% do CDI ou 430% da Ptax, a taxa média do câmbio.
Isso faz com que esse mercado se torne cada vez atrativo ao investidor que busca diversificação e proteção de carteira em um mercado cada vez mais volátil.
Para chegar a esse número, a FGV tomou como base um volume de 535 multimercados abertos à captação do Guia de Fundos FGV (base Economatica) até julho de 2022.

Fundos multimercados em evidência
De acordo com a instituição, o retorno mais significativo se deu no biênio 2009/2010 com valorização média de 0,58% para os multimercados diversos.
O levantamento aponta ainda que o segmento reportou menos retorno no período 2015/2017, na casa dos 0,22% acima do CDI para os hedge funds mais diversificados.
Cabe lembrar que boa parte dos multimercados consegue acompanhar tanto a bolsa quanto o CDI, e eles também não apresentam no período todo relação com o câmbio.
Equilíbrio do portfólio
Para o assessor de investimentos Elias Wiggers, também sócio da EQI Investimentos, investir em fundos multimercados se faz interessante justamente pela diversificação que eles proporcionam à carteira do investidor.
Segundo ele, esse tipo de “veículo de investimento” acaba alocando recursos em diversos mercados, o que contribui para o equilíbrio do portfólio do investidor.
Em relação às ações, elencou, o risco desses fundos costuma ser mais controlado, pois existem diferentes categorias de fundos multimercados.
Nesse sentido, há desde aqueles mais arrojados, que se assemelham a fundos de ações, até os mais conservadores, que só carregam o nome de multimercado devido à estratégia do gestor.
O especialista explica que muitos desses fundos têm a maioria do patrimônio investido em ativos de renda fixa. No entanto, para não ficar limitado somente a esses títulos, o gestor aloca um percentual pequeno dos recursos de forma livre, visando obter ganhos acima da renda fixa. Essa abrangência de ativos permitida ao gestor já caracteriza o multimercado.
“Só por esse motivo, já daria para entender por que os fundos multimercados fazem sentido nesse cenário de alta de juros. Se o fundo for mais focado em renda fixa, com papéis atrelados à inflação, e buscando oportunidades nos juros e ganhos reais, certamente estará performando bem nesse momento,” destacou, pontuando o novo ciclo de alta de juros que o país vive.
Fundo Multimercado X Fundo de Ações
Alguns investidores têm dúvidas sobre qual o tipo de fundo que vale mais a pena, sendo de um lado o multimercado e do outro o de ações.
Para a EQI Investimentos, a depender da estratégia traçada, pode ser que as duas modalidades façam parte de uma carteira de investimento. E isso é algo bom!
Acontece que o capital pode ser mais bem distribuído de forma que não haja concentração nas “mãos” de apenas um gestor.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, também não haverá concentração em um mesmo mercado se o investimento contemplar a aplicação nesses diferentes tipos de fundos.
Pode aproveitar uma eventual baixa no mercado de ações para fazer mais aportes, de modo que quando o setor retomar o crescimento o investidor tenha ainda mais ganhos.
Na outra mão, o investimento simultâneo de uma parte do capital em fundos multimercados permite que bons momentos da renda fixa sejam aproveitados também, já que os gestores desses veículos podem aplicar em títulos de renda fixa.
Enfim, não é preciso ser taxativo em relação aos fundos. Um portfólio comporta bem os dois tipos, enquanto pessoas mais conservadoras podem investir uma pequena parcela do patrimônio apenas em fundos multimercados.
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