A inflação ao produtor nos Estados Unidos (EUA), medida pelo relatório PPI, caiu 0,5% em julho, na margem. O consenso do mercado era de alta de 0,2%.
De acordo com o levantamento, o Núcleo do PPI subiu 0,2%, ante previsão de alta de 0,4% e, na base anual, subiu 9,8%, com núcleo em alta de 5,8%.
Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (11) pelo escritório de estatísticas do governo dos EUA.
já os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 14 mil na semana, totalizando 262 mil. A previsão era de alta de 264 mil pedidos.
Os pedidos da semana anterior, por sua vez, foram revisados de 260 mil para 248 mil.

Inflação pelo CPI
Ontem o CPI dos Estados Unidos (EUA) permaneceu inalterado (0,0%) na leitura de julho ante junho, conforme levantamento do escritório de dados estatísticos do país.
A estimativa do mercado para este indicador projetava uma alta de 0,2% e 1,3% em junho. Na comparação anual, o CPI subiu 8,5% frente ao consenso de 8,7% e 9,1% em junho.
Já o Núcleo do CPI avança 5,9% em base anual, contra 6,1% estimado.
O referido indicador diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor, que mede a evolução dos preços de bens e serviços a partir da perspectiva do consumidor.
Taxa de juro do Fed
O indicador de hoje, o PPI, é outro dado importante por mostrar que a inflação nos EUA está, em certa medida, desacelerando.
O investidor se atém a esses indicadores para, assim, tentar antecipar a tendencia de o Federal Reserve (Fed, espécie de banco central dos EUA) acerca da taxa de juros do país.
Acontece que a autoridade monetária vem em uma escalada de aumentos para, assim, tentar conter a inflação norte-americana.
Componentes do PPI
Conforme relatório, em julho a queda do índice de demanda final deve-se à queda de 1,8% nos preços dos bens de demanda final. Em contrapartida, o índice de serviços de demanda final avançou 0,1%.
Já os preços da demanda final menos alimentos, energia e serviços comerciais subiram 0,2% em julho após um aumento de 0,3% em junho. Para os 12 meses encerrados em julho, o índice de demanda final menos alimentos, energia e serviços comerciais aumentaram 5,8%.
Por segmento
- Bens de demanda final
O índice de bens de demanda final caiu 1,8% em julho, a maior queda desde que caiu 2,7% em abril de 2020. A queda de julho pode ser atribuída a uma queda de 9,0% nos preços da energia de demanda final.
Por outro lado, os índices para alimentos de demanda final e para alimentos finais a demanda por bens menos alimentos e energia aumentaram 1,0% e 0,2%, respectivamente.
- Detalhe do produto
Conforme o levantamento, 80% da queda de julho no índice de bens de demanda final é atribuível aos preços da gasolina, que caíram 16,7%.
Os índices de óleo diesel, combustíveis gasosos, oleaginosas, ferro e sucata de aço e grãos também apresentaram queda. Em contraste, os preços dos ovos de galinha subiram 43,1%.
Os índices de produtos químicos industriais e de energia elétrica também aumentaram.
- Serviços de demanda final
O índice de serviços de demanda final avançou 0,1% em julho, o terceiro aumento consecutivo. Liderando o avanço de julho, margens para serviços de comércio de demanda final subiram 0,3%.
Já os preços para os serviços de transporte e armazenamento de demanda final aumentaram 0,4%.
- Detalhe do produto
Liderando o aumento de julho nos preços dos serviços de demanda final, margens de combustíveis e o varejo de lubrificantes cresceu 12,3%.
Os índices de serviços relacionados à corretagem de títulos e (parcial), atendimento ambulatorial hospitalar, varejo de automóveis e autopeças, e transporte de passageiros (parcial) também apresentou alta.
Em contrapartida, os preços de gestão de carteiras caíram 7,9%. Os índices para corretagem de títulos, negociação e consultoria de investimento; comida e varejo de álcool; e o transporte motorizado de longa distância também caiu.
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