Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
/Ações
Notícias
Nubank (NU): Entenda o que acontece

Nubank (NU): Entenda o que acontece

Durante boa parte da última quarta-feira (5), o aplicativo da Nubank (NU) apresentou, novamente, mais uma instabilidade tanto para entrar no app do banco quanto para fazer transferências via Pix. A fintech informou que a origem do problema surgiu de uma “atualização de rotina do sistema”. O problema operacional foi resolvido ontem mesmo. 

Diante disso, muitos investidores questionam o que estaria acontecendo com a Nubank, que apresentou a segunda instabilidade nesta semana. Por isso, o portal EuQueroInvestir fez um levantamento das principais notícias da companhia dos últimos meses.

Nubank (NU): da euforia à depressão em menos de um ano

O IPO da Nubank foi um dos mais esperados de 2021. A empresa investiu pesado no marketing e deu um “pedacinho” das suas ações para mais de 7,5 milhões de clientes. Além disso, a fintech teve papéis listados no Ibovespa, com o BDR, e na Bolsa de Nova York (NYSE)

Inclusive, as ações da NU chamaram a atenção de Warren Buffett, que fez um aporte de US$ 500 milhões no banco digital brasileiro. 

Logo no primeiro dia de negociação, as ações da Nubank valorizaram 14,54%. Porém, a animação durou, literalmente, apenas um dia. Do dia 10 de dezembro de 2021 até hoje, as ações da fintech caíram 64,08%.

Ações da Nubank desvalorizaram 64,09% desde o IPO, em dezembro de 2021 - Fonte: Google Finanças
Ações da Nubank desvalorizaram 64,09% desde o IPO, em dezembro de 2021 – Fonte: Google Finanças

Diante destes resultados, o cofundador e presidente-executivo do banco digital, David Vélez, se manifestou contra a visão dos analistas de instituições financeiras no Brasil em relação às ações do Nubank.

Para a Reuters, Vélez reclama que parte dos analistas brasileiros estão esperando uma rentabilidade maior de forma imediata. Ele destaca que é preciso percorrer algumas etapas para chegar no resultado esperado. 

David Vélez, CEO da Nubank - Divulgação Nubank
David Vélez, CEO da Nubank – Divulgação Nubank

De acordo com a Refinitiv, das 17 casas de análise que acompanham a ação do Nubank, somente três têm recomendação ‘underperform’, todas elas no Brasil (Itaú BBA, Bradesco e Santander). Enquanto que o BTG Pactual (BPAC11) tem recomendação neutra.

Nubank anuncia saída da B3

Em setembro, a Nubank chamou a atenção do mercado mais uma vez. Agora, a fintech roxa anunciou o processo de descontinuidade de seu programa de BDRs Nível III na B3 (B3SA3). Assim, os papéis negociados em BDRS no Brasil não serão mais negociados. Embora até a publicação desta reportagem, 06 de outubro de 2022, as ações ainda estão disponíveis para compra e venda.

Gráfico compra e venda ações Nubank NU
Cotação da BDR da Nubank desta quinta-feira (06) – Fonte: Google Finanças

Apesar disso, o Nubank ainda manterá a negociação de BDR Nível I, que são emitidos por empresas estrangeiras, contudo, sem capital aberto no país.

Segundo o fato relevante divulgado no dia 15 de setembro, os investidores da fintech têm a opção de receber ações ordinárias classe A negociadas na Nyse, na proporção de 6 BDRs para cada ação.

A Nubank justificou que a medida é “maximizar a eficiência e minimizar redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição”. 

Diante dessa notícia, muitas pessoas ficaram com medo da Nubank (NU) sair do Brasil. O banco digital emitiu um comunicado tranquilizando os clientes ao dizer que a decisão de encerrar as negociações na B3 não afetam o compromisso de longo prazo da empresa com o Brasil. 

História do Nubank

O Nubank, uma das fintechs de mais destaque no cenário financeiro brasileiro, surgiu com o propósito de simplificar a vida financeira das pessoas, desafiando o modelo tradicional dos bancos convencionais. Fundado em 2013 por David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, o Nubank começou sua jornada com um cartão de crédito sem anuidade e sem burocracias.

A história do banco digital é exemplo de como uma ideia inovadora pode transformar o setor financeiro. David Vélez, nascido na Colômbia, tinha experiência no mercado financeiro e, ao se deparar com a complexidade e as taxas abusivas dos serviços bancários brasileiros, enxergou uma oportunidade de criar algo novo. Ele percebeu que os bancos tradicionais não estavam atendendo às necessidades dos consumidores de maneira eficiente e justa.

Assim, em parceria com Cristina Junqueira, uma ex-colega de trabalho, e Edward Wible, engenheiro com experiência em grandes empresas de tecnologia, Vélez fundou o Nubank. A ideia principal era oferecer um cartão de crédito descomplicado, sem anuidade e com um processo de solicitação totalmente digital, eliminando a necessidade de ir a uma agência bancária.

O lançamento do cartão de crédito roxo do Nubank em 2014 foi um divisor de águas. A proposta inovadora atraiu a atenção do público, especialmente dos jovens adultos que buscavam uma alternativa mais transparente e acessível. A empresa utilizou a tecnologia como aliada, proporcionando uma experiência totalmente digital e amigável aos usuários, diferenciando-se dos processos lentos e burocráticos dos bancos tradicionais.

Com o tempo, o Nubank expandiu seu portfólio de produtos. Além do cartão de crédito, a empresa lançou a NuConta em 2017, uma conta digital que oferece rendimento automático, transferências gratuitas e um controle financeiro simplificado. Esse movimento consolidou o Nubank como uma alternativa completa aos serviços bancários tradicionais, desafiando a indústria.

O crescimento exponencial da fintech também atraiu investidores. Em rodadas sucessivas de investimento, o Nubank captou recursos significativos, permitindo expandir ainda mais seus serviços e aumentar sua presença no mercado.

O sucesso do Nubank também se deve a uma estratégia de marketing de construção de imagem inovadora.

Além dos produtos já mencionados, o Nubank continuou inovando, lançando serviços como empréstimos pessoais e empresariais, seguros e até mesmo uma plataforma de investimentos.

Internacionalização da marca na AL

Outro passo importante na evolução do Nubank também foi a internacionalização. Em 2019, a empresa iniciou suas operações no México, marcando sua entrada em mercados internacionais. Essa expansão reforçou a visão global da fintech e a colocou como referência no setor não apenas no Brasil, mas também em outros países da América Latina.

O Nubank (NU; ROXO34) alcançou a marca de 90 milhões de clientes na América Latina, em suas operações no Brasil, Colômbia e México, consolidando sua posição como uma das empresas de serviços financeiros de mais rápido crescimento no mundo.

“Este novo marco é motivo de grande orgulho para nós e um compromisso que levamos muito a sério. São 90 milhões de pessoas que confiam no Nubank para gerenciar suas vidas financeiras e para quem trabalhamos para oferecer soluções que facilitem o seu dia a dia. E esse é só o começo”, disse David Vélez, fundador e CEO do Nubank, em evento para imprensa e influenciadores na Cidade do México.

O crescimento da base de clientes acompanha a expansão do portfólio de produtos da instituição, que busca atender às necessidades de diferentes áreas da vida financeira de seus usuários – incluindo seguros, investimentos, empréstimos, entre outros. Em 2023, o Nubank lançou mais de 40 novos produtos e recursos. Destaque para a nova oferta do NuConsignado, crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, e o lançamento do primeiro ETF com pagamento de dividendos do mercado brasileiro.

No segundo trimestre de 2023, o Nubank registrou ser o principal relacionamento bancário de quase 60% de seus usuários. No Brasil, são 85 milhões de usuários, sendo que quase 1 em cada 2 brasileiros é cliente do Nu.

Na América Latina, já são mais de 5,2 milhões de clientes no México e na Colômbia. No México, o Nu é a maior Sofipo (Sociedade Financeira Popular) do setor em número de clientes. Na semana passada, o Nu México solicitou uma licença bancária junto à Comissão Nacional Bancária e de Valores Mobiliários (CNBV), o regulador local, a fim de estar preparado para expandir ainda mais sua gama de produtos no país.

Na Colômbia, o Nu anunciou em setembro de 2023 um aumento significativo no empréstimo A/B concedido pela International Finance Corporation (IFC). Do compromisso inicial de US$ 150 milhões, anunciado em janeiro de 2023, o montante foi elevado para US$ 265,1 milhões, reafirmando a confiança da IFC e do mercado financeiro no crescimento e potencial do Nu no país.