Após mais de um ano desde que Elon Musk adquiriu o X, ex-Twitter, a empresa de mídia social apresentou uma queda de 55% no seu valor. Desde a compra, a plataforma passou por uma série de mudanças significativas, desde seu nome e logotipo até demissões em massa, dificuldades de receita e mais.
Com a aquisição do Twitter, a empresa passou a oferecer Restricted Stock Units (RSUs), unidades de ações restritas, aos seus funcionários. Caso queiram, eles podem vender uma parte de suas ações na companhia a investidores externos, conforme o plano de compensação.
Segundo informações obtidas pelo The New York Times, nesta segunda-feira (30), a participação acionária dos funcionários da plataforma teria sido avaliada em US$ 45 por ação. Com isso o X passaria a valer cerca de US$ 19 bilhões.
Em 2022, o CEO da Tesla realizou a aquisição por US$ 44 bilhões, pagando US$ 54,20 por ação.
Essa valorização é um pouco acima dos US$ 16,9 bilhões que a Fidelity, que possui uma pequena participação no X, avaliou a empresa no final de agosto.
O que Musk disse sobre a valorização do Twitter
Desde que comprou o Twitter, Musk repetidamente afirmou que pagou demais por ele.
Mesmo antes da aquisição de US$ 44 bilhões ser finalizada, Musk disse em uma teleconferência de resultados da Tesla em outubro de 2022 que estava “obviamente pagando demais pelo Twitter agora”, embora acreditasse que o potencial de longo prazo da empresa era “uma ordem de grandeza maior do que seu valor atual”, segundo um relatório da Forbes.
A pessoa mais rica do mundo também tentou cancelar um acordo para comprar o Twitter por 54,20 dólares por ação no ano passado, alegando preocupações com o número de contas falsas, mas o Twitter o processou e pediu a um juiz que o obrigasse a seguir em frente, e ele finalmente fechou o negócio em outubro de 2022.
Em um email enviado para funcionários em março deste ano, Musk sugeriu que o Twitter valia menos de 20 bilhões de dólares.
O que levou à queda de valor do X
Desde que assumiu o controle do Twitter no ano passado, Elon Musk realizou diversas mudanças, incluindo a alteração do nome da plataforma para X (o que possivelmente impactou significativamente o valor da marca), a flexibilização das regras de moderação de conteúdo do site, a cobrança dos usuários por marcações de verificação e a limitação temporária do número de postagens que um usuário pode visualizar ou o número de mensagens diretas que um usuário pode enviar.
Como consequência dessas ações, em setembro deste ano, Musk revelou que a receita de publicidade da plataforma caiu 60% desde a sua aquisição.
Além disso, o X também foi afetado por uma série de desafios legais sob a gestão de Musk, tanto como autor quanto como réu, de acordo com um relatório da Forbes.
X enfrentou processos por alegações de que se recusou a pagar a indenização prometida a seus funcionários, que se recusou a pagar o aluguel e as taxas do escritório e que quebrou um contrato que fez com uma empresa de jatos regionais.
Como autor, o X, ex-Twitter, processou o Center for Countering Digital Hate, alegando que a organização violou os termos de serviço da plataforma ao coletar dados para uma análise que fez sobre discursos de ódio na rede social.