A Usiminas (USIM5) apresentou um prejuízo líquido de R$ 117 milhões no quarto trimestre de 2024 (4TRI24), revertendo o lucro de R$ 975 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
No acumulado de 2024, o lucro líquido da companhia foi de apenas R$ 3 milhões, uma expressiva queda em relação aos R$ 1,64 bilhão de 2023.
A receita líquida da siderúrgica também apresentou retração, somando R$ 6,48 bilhões no trimestre, o que representa uma queda de 4% na comparação anual. No acumulado de 2024, a Usiminas reportou receita de R$ 25,87 bilhões, um recuo de 6% frente ao ano anterior.
O EBITDA ajustado da companhia no quarto trimestre foi de R$ 518 milhões, uma queda de 17% na base anual. No consolidado de 2024, o indicador ficou em R$ 1,608 bilhão, com retração de 8% frente a 2023.
Apesar do desempenho negativo no ano, a empresa destacou que houve melhora sequencial na rentabilidade no último trimestre. O EBITDA consolidado ajustado subiu 22% ante o terceiro trimestre, enquanto a margem EBITDA ajustada ficou em 8%, um aumento de dois pontos percentuais.
Entre os principais eventos financeiros do ano, a Usiminas ressaltou o lançamento de debêntures no valor de R$ 1,8 bilhão e a emissão de bonds no exterior no valor de US$ 500 milhões.
A alavancagem líquida da empresa cresceu 8% em relação a 2023, mas caiu 11% em relação ao trimestre anterior, atingindo R$ 1,6 bilhão. Já o EBITDA ajustado do segmento de siderurgia subiu 31% em relação ao ano anterior.
No segmento de mineração, o EBITDA ajustado teve um crescimento expressivo de 250% no quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2023. A empresa espera estabilidade nos volumes extraídos e comercializados de minério de ferro em 2025.
Veja os principais destaques do balanço da Usiminas:

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Usiminas: perspectivas e declarações da administração
Em sua mensagem aos investidores, a administração da Usiminas destacou os avanços operacionais obtidos ao longo do ano, apesar do cenário atual.
“A produção de aço bruto de 3,2 milhões de toneladas em 2024 foi superior ao ano de 2023 e o segundo maior volume desde 2015“, citou o comunicado.
A companhia também mencionou uma redução de 11% nos custos dos produtos vendidos (CPV) em relação ao ano anterior.
O mercado de aços planos no Brasil cresceu 1% em 2024, com destaque para a demanda do setor automotivo, ainda que parte desse crescimento tenha sido suprido por importações.
“O ápice das importações ocorreu no primeiro trimestre do ano, quando 21% da demanda foi atendida por produtos vindos do exterior“, informou a companhia. Esse percentual caiu para 17% no último trimestre do ano, mantendo o consumo doméstico de aço em patamares semelhantes aos registrados em 2010.
No segmento de distribuição e revenda, houve uma recuperação no volume de vendas no final do ano, enquanto a demanda por bens de capital no setor de energia permaneceu estável. As exportações de aços planos cresceram 4% em 2024, com as vendas externas representando cerca de 25% do volume total comercializado pela Usiminas ao longo do ano.
Para 2025, a empresa projeta um crescimento moderado da economia global e um ambiente mais estável no Brasil, impulsionado pela política monetária expansionista e juros mais baixos.
“Seguimos comprometidos em melhorar nossa eficiência operacional e de custos, reforçando nosso compromisso com a inovação e medidas voltadas para a sustentabilidade“, destacou a administração.
A empresa reiterou ainda seu compromisso com a disciplina financeira e a gestão de riscos, enfatizando que “o ano de 2024 foi marcado pelo alongamento do perfil da dívida da Usiminas”, o que garante uma estrutura de capital mais sólida para os próximos anos.
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