O megafoguete da SpaceX, Starship, partirá em missões a Marte daqui a dois anos, informou Elon Musk, fundador da companhia. Em um primeiro momento de testes, as espaçonaves serão lançadas sem tripulação, a fim de testar a confiabilidade do pouso no planeta. Caso sejam bem-sucedidos, os primeiros lançamentos tripulados serão em 4 anos, disse o CEO.
A SpaceX tem metas de viagens para aproveitar o alinhamento correto entre a Terra e Marte para missões interplanetárias, que ocorre uma vez a cada 26 meses.
Musk projeta que a quantidade de missões deverá “crescer exponencialmente”. Seu principal objetivo é “construir uma cidade autossustentável em cerca de 20 anos” no planeta vermelho.
Starship: conheça a espaçonave da SpaceX
A Starship, de quase 120 metros de altura, foi construído com o objetivo de um dia levar astronautas à Lua pela Nasa. Caso os planos da companhia deem certo, a SpaceX visa enviar humanos a Marte — plano que, até então, não tinha previsão de acontecer.
A espaçonave é o maior e mais poderoso foguete já construído, superando inclusive o Space Launch System (SLS), foguete do programa lunar Artemis da NASA .
A SpaceX planeja remontar o foguete a cada decolagem, de modo a permitir inspeção, reformas e relançamento rápidos.
A companhia acredita que a união de força e eficiência da Starship finalmente deixará a colonização de Marte — um antigo sonho de Musk — ao alcance da humanidade.
Missão Polaris
A missão Polaris Dawn da SpaceX foi lançada nesta terça-feira (10), na Flórida, nos EUA, em um foguete Falcon 9, que levou a cápsula Dragon “Resilience” ao espaço.
O lançamento ocorreu após vários atrasos climáticos no final de agosto, o que dificultou os esforços da tripulação da Polaris Dawn para decolar.
Além disso, a SpaceX não precisava apenas de boas condições meteorológicas para a missão decolar, mas também de águas calmas e ventos suaves. A tripulação retornará do espaço após uma excursão de cinco dias.
Esta é a primeira de três missões que o bilionário e fundador da Shift4, Jared Isaacman, comprou da SpaceX em 2022. A ação faz parte do chamado Programa Polaris.
O momento do retorno da missão, no entanto, pode ser crítico. Como a realização de uma caminhada espacial criará um consumo de oxigênio, a Polaris Dawn terá apenas suporte de vida suficiente para o máximo de cinco ou seis dias no espaço.
Além da caminhada espacial, a Polaris Dawn planeja conduzir cerca de 40 experimentos científicos e de pesquisa durante a missão.
Isaacman está comandando a missão, liderando uma tripulação de quatro integrantes, que inclui as duas primeiras funcionárias da SpaceX, Anna Menon e Sarah Gillis.
A Polaris Dawn é a 14ª missão tripulada da SpaceX até o momento.