Fundada em janeiro de 2020, a Riza nasceu com um propósito claro: ser uma gestora full asset, oferecendo um portfólio completo de soluções de investimentos. Mas o desafio inicial foi muito além do esperado. Pouco depois de abrir as portas, a pandemia chegou, testando imediatamente a resiliência e a capacidade de adaptação da empresa.
“O maior desafio foi bastante macro. A Riza começou como uma casa independente em 2020, recebeu o selo da Anbima no dia 15 de janeiro e, em 14 de fevereiro, já estávamos com o nosso primeiro fundo sob gestão”, conta Rafael Brito, sócio responsável pela área de Distribuição, Captação e Parcerias da Riza.
“Poucos dias depois, fomos surpreendidos pela pandemia, um evento totalmente fora do radar. Para uma gestora que nasce de forma independente, sem estar atrelada a uma instituição financeira ou ser um spin-off, o desafio é ainda maior. Tivemos que ser ainda mais resilientes.”
Mesmo diante de um cenário extremamente desafiador, a Riza manteve seu plano original de se tornar uma full asset, oferecendo produtos em renda fixa, crédito estruturado, variável, agro, imobiliário e infraestrutura.
“Hoje, quando olhamos para o nosso gráfico de crescimento, ele talvez seja um dos únicos do mercado que apresenta um crescimento consistente, mesmo frente aos desafios que enfrentamos desde o início”, completa Rafael.
Ao longo dos anos, a empresa consolidou marcos importantes. Entre eles estão o IPO do Riza Terrax ($RZTR11), primeiro fundo de terras agrícolas listado na B3, e o lançamento do primeiro Fiagro acessível ao público geral no Brasil.
Cultura forte: o alicerce do crescimento
Por trás dos números e do crescimento acelerado, a Riza tem uma cultura organizacional extremamente sólida. A companhia é guiada pela transparência e acredita que a colaboração e a excelência são fatores essenciais para sustentar o crescimento.
“A Riza é muito mais do que um asset management tradicional. Nós pensamos a Riza como uma empresa completa, com times altamente especializados e segregados para cada segmento: agronegócio, infraestrutura, real estate, renda fixa, securitização. Não temos esse conceito de colocar um mesmo time para atuar em diferentes oportunidades”, explica Rafael Brito.
Além da gestão, há uma preocupação estrutural dentro da empresa com distribuição, marketing, performance e desenvolvimento de talentos. “Implementamos processos sólidos em todas as frentes: monitoramento de ativos, jurídico, compliance, distribuição e marketing. Essa estrutura nos permite entregar não só muita especialização, mas também muita criatividade na estruturação dos nossos fundos”, acrescenta.
Tecnologia no DNA e produtos que fazem história
Desde sua fundação, a tecnologia esteve no centro da estratégia da Riza. “A tecnologia está no nosso DNA, muito impulsionada pelo nosso CEO, Daniel Lemos, que foi CTO de uma grande instituição financeira”, destaca Rafael.
Ele explica que a empresa foi planejada para operar como se já tivesse cinco anos de maturidade tecnológica, o que eliminou a necessidade de fazer um catch-up na medida em que crescia. “Implementamos tecnologia desde a prospecção e monitoramento de operações até a distribuição. Toda a nossa estrutura está integrada em plataformas como Salesforce e no nosso data lake, o Snowflake. O site da Riza, por exemplo, é alimentado automaticamente por nossa base de dados”, detalha.
A Riza já recebeu prêmios, como o da Microsoft (MSFT; $MSFT34), pelo uso de ferramentas como o Teams, e foi convidada a falar na conferência anual da Salesforce em São Francisco. Atualmente, também está implementando inteligência artificial em diversas áreas, como alocação e distribuição, para mitigar riscos, gerar inteligência e alavancar o negócio.
No portfólio, alguns produtos se destacam como marcos de inovação. “O primeiro é o Riza Arctium ($RZAT11), que foi o nosso primeiro fundo e que possui uma simetria de risco e retorno extremamente benéfica para o investidor. Foi isso que atraiu a EQI para a parceria conosco”, conta Rafael.
Ele também destaca o Riza Terrax ($RZTR11), lançado em outubro de 2020, que foi o primeiro fundo de terras disponível para o investidor em geral no Brasil, hoje com mais de R$ 2 bilhões. Outro exemplo citado é o fundo que compra participação (stake) de uma incorporadora, inédito no país: “Diferente dos FIIs tradicionais, ele permite capturar ganhos de equity com um olhar mais voltado ao real estate.”
Estratégia: especialização sem atalhos
Se há um conceito que define a Riza, é a especialização. Ao contrário de muitas gestoras que compartilham os mesmos times para diversas estratégias, cada núcleo da Riza é autônomo, com profissionais dedicados e altamente capacitados.
Essa visão permite que a companhia entregue produtos sofisticados, com alta capacidade de geração de valor e mitigação de riscos. “O nosso comitê de produto é rigoroso: quando vemos muitos ‘peers’ no mercado, não seguimos com o lançamento. Gostamos de inovar com soluções diferentes, mesmo que sejam inspiradas em estratégias já amplamente conhecidas lá fora”, afirma.
CEO da Riza participa da Money Week 2025
A Money Week 2025, maior evento de investimentos do Sul do país, contará com a participação de Daniel Lemos, fundador e CEO da Riza Asset. Com mais de 20 anos de trajetória no mercado financeiro e atualmente à frente de uma gestora que administra R$ 15,2 bilhões em ativos, Lemos é reconhecido como um dos principais nomes da nova geração de executivos que estão redefinindo o mercado de investimentos no Brasil.
Sua participação no evento, que acontece no dia 1º de agosto em Balneário Camboriú, promete trazer reflexões sobre inovação, gestão de ativos e como construir uma empresa que une tecnologia, governança e visão estratégica.
Daniel Lemos levará ao palco da Money Week sua visão sobre o futuro dos investimentos, os desafios de escalar uma asset independente no Brasil e como a tecnologia vem sendo utilizada para transformar processos e gerar valor real para investidores e empresas investidas. Sua abordagem une a disciplina e a sofisticação dos grandes bancos com a agilidade e a ousadia das fintechs e startups.
Além de fundador da Riza, Lemos também é empreendedor no setor de tecnologia e entretenimento, por meio da Mousik, empresa criada no braço de Venture Builder da própria Riza. Esse olhar multidisciplinar, que conecta finanças, tecnologia e cultura, deve ser um dos pontos altos de sua participação no evento, mostrando como é possível construir negócios resilientes, inovadores e prontos para os desafios do futuro.
O futuro: crescer sem abrir mão dos princípios
Olhando para frente, a Riza mantém sua estratégia de crescimento baseada em três pilares: excelência, inovação e responsabilidade. Os planos incluem seguir expandindo suas teses em infraestrutura, real estate, agronegócio e crédito estruturado, além de continuar investindo fortemente em tecnologia.
“O maior risco é parar de inovar. O mercado é extremamente dinâmico, e quem não evolui perde segurança e previsibilidade”, pontua Rafael Brito. “A Riza sempre pensa em inovação, revisa continuamente o portfólio e busca instrumentos mais eficientes. Estudamos profundamente as legislações e mudanças regulatórias, o que nos permite ajustar rapidamente nossas estratégias.”
Ele complementa: “Investimos pesado em tecnologia para que nossos gestores e analistas gastem menos tempo com processos operacionais e foquem mais na criatividade, no desenvolvimento de novos produtos e no monitoramento das mudanças regulatórias.”
A Riza segue firme na missão de gerar valor não apenas para os investidores, mas também para as empresas investidas e para todo o ecossistema em que está inserida. Uma gestora que carrega, no nome e na prática, a ideia de raízes fortes, crescimento sustentável e visão de longo prazo.