A Microsoft (MSFT; MSFT34) fechou um acordo com a startup brasileira Mombak, especializada em créditos de carbono por meio do reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia.
O contrato prevê a compra de até 1,5 milhão de créditos de carbono até 2032, equivalentes a 1,5 milhão de toneladas de carbono (tCO2e) removidas da atmosfera.
O contrato com a Microsoft faz parte do plano da big tech de se tornar negativa em carbono até 2030. Segundo reportagem da Bloomberg, os créditos adquiridos serão utilizados para reflorestar uma área de aproximadamente 30 mil hectares, plantando 30 milhões de árvores de mais de 100 espécies nativas brasileiras no estado do Pará, na bacia amazônica.
Os termos financeiros do acordo não foram divulgados, mas a Microsoft trabalha com a Mombak a dois anos, realizando due diligence e aconselhando sobre o projeto antes de concordar com a compra dos créditos.
Em nota, Brian Marrs, diretor sênior de energia e remoção de carbono da Microsoft, destacou a importância de investir em projetos como o da Mombak, que proporcionam benefícios sociais e ambientais significativos.
A Microsoft já contratou a remoção de 7 milhões de tCO2 nos últimos três anos, e este acordo representa o maior negócio da empresa na área de créditos de carbono.
O acordo com a Mombak surge em um momento crucial durante as reuniões da 28ª Conferência do Clima da ONU (COP 28) em Dubai, onde tanto a Microsoft quanto a Mombak estão presentes.
Sobre a Mombak
A Mombak, fundada em 2021 por Peter Fernandez, ex-CEO da 99, e Gabriel Haddad Silva, ex-CFO do Nubank, se destaca no mercado pela abordagem verticalizada.
A empresa adquire áreas degradadas, refloresta os terrenos e, assim, tem um impacto superior ao de empresas que atuam apenas na preservação da floresta em pé. Este modelo permitiu à Mombak negociar valores significativamente acima da média de mercado para seus créditos de carbono.
Além do contrato com a Microsoft, a Mombak recentemente fechou um acordo com a equipe de Fórmula 1 McLaren Racing por US$ 50 a tonelada, valor cerca de 10 vezes maior do que a média do mercado.
A empresa já levantou US$ 100 milhões em investimentos de nomes como Bain Capital Partnership Strategies, Axa e a Rockfeller Foundation.
Em entrevista ao Brazil Journal, o CEO da Mombak, Peter Fernandez, afirmou que a meta da empresa é remover 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera até 2030.
A startup planeja captar um novo fundo de reflorestamento no próximo ano para impulsionar ainda mais suas iniciativas de restauração na Amazônia.
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