Quase um ano após a morte de Abilio Diniz, fundador do GPA ($PCAR3), sua família está analisando a venda das ações que detém no Carrefour ($CRFB3), tanto no Brasil quanto na França. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, e reforçada pelo Valor Econômico.
Atualmente, os herdeiros possuem 9,23% da matriz francesa do Carrefour, um montante avaliado em aproximadamente US$ 800 milhões, e 10,24% da operação brasileira da varejista (CRFB3), com valor estimado em R$ 1,4 bilhão.
Embora a decisão de desinvestir já tenha sido tomada, segundo o Valor, fontes próximas à família afirmam que o “timing” para a venda está sendo cuidadosamente analisado, devido a fatores estratégicos e às condições do mercado.
No cenário internacional, a movimentação da família está sendo planejada para ocorrer antes que a família Moulin, controladora do grupo Galeries Lafayette e acionista relevante do Carrefour, realize novas vendas de participações na varejista francesa.
Apesar da intenção de vender as ações do Carrefour, os papéis da varejista francesa enfrentam um cenário complicado, com as cotações no segundo pior nível dos últimos quatro anos.
Em 2024, a família Moulin já havia reduzido sua participação e declarou publicamente que não pretende realizar novas vendas, o que pode trazer maior pressão sobre os papéis.
Uma das alternativas consideradas pelos fundos administrados pela Península, empresa de investimentos da família Diniz, seria a venda em bloco das ações para um único comprador, o que evitaria impactos negativos no mercado.
No entanto, essa estratégia depende de encontrar interessados, principalmente em um momento tão delicado em que o setor varejista e alimentar se encontram.
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