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Corrida do tarifaço: Apple leva 1,5 milhão de iPhones aos EUA

Corrida do tarifaço: Apple leva 1,5 milhão de iPhones aos EUA

A Apple (AAPL; AAPL34) movimentou uma operação logística de grandes proporções para fugir do chamado “tarifaço” imposto pelo presidente Donald Trump sobre produtos vindos da China.

Utilizando seis aviões cargueiros, cada um com capacidade de 100 toneladas, a empresa transportou aproximadamente 1,5 milhão de iPhones, cerca de 600 toneladas, da Índia para os Estados Unidos.

A chave nesta corrida é evitar o aumento drástico de preços que as novas tarifas poderiam causar aos consumidores norte-americanos.

Estratégia logística para evitar sobretaxas

A medida foi tomada após Trump anunciar uma sobretaxa de até 145% sobre produtos importados da China, com início imediato. Isso elevaria, por exemplo, o preço de um iPhone 16 Pro Max de US$ 1.599 para cerca de US$ 2.300. Ao adiantar os embarques e redirecionar parte da produção à Índia, onde a alíquota é de 26%, a Apple reduziu drasticamente o impacto fiscal.

Segundo fontes próximas ao processo, a empresa atuou diretamente com autoridades indianas para agilizar os trâmites alfandegários no aeroporto de Chennai, reduzindo o tempo de liberação de 30 para 6 horas.

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Produção acelerada na Índia

Para dar conta da demanda, a Apple aumentou em 20% a produção na fábrica da Foxconn em Chennai, que passou a operar inclusive aos domingos. Outras duas plantas da Foxconn e Tata também estão envolvidas, com mais duas fábricas em construção. A Índia já responde por 20% das importações de iPhones para os EUA, sinal de que a Apple está acelerando sua estratégia de diversificação geográfica da produção.

Impactos para o consumidor e o mercado global

A movimentação mostra como a Apple tenta blindar seus produtos contra instabilidades políticas e econômicas. Com mais de 220 milhões de iPhones vendidos por ano globalmente, mudanças na cadeia produtiva têm impactos amplos. Os consumidores norte-americanos, por exemplo, poderiam ver aumentos de preços imediatos caso a empresa mantivesse a dependência total da China.

Futuro da produção: China perde espaço?

Embora a China continue sendo o maior polo de produção da Apple, as tarifas aceleraram a necessidade de diversificação. A Índia surge como principal aposta, não apenas como alternativa logística, mas também como aliada estratégica, com apoio do governo Modi.

Ao agir rápido, a Apple não apenas protege seus lucros, mas também evita repassar custos extras ao consumidor. A corrida contra o tarifaço mostra que, no mundo dos negócios globais, quem se antecipa às mudanças leva vantagem.

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