Em meio a crise entre a WTorre e o Palmeiras acerca da disputa sobre a administração do Allianz Parque, o BTG Pactual (BPAC11) pode assumir a administração da arena palmeirense.
De acordo com o jornalista Rodrigo Mattos, do portal UOL, o banco adquiriu a dívida de financiamento da WTorre com a intenção de assumir o estádio. Apesar do movimento, a estratégia não será tão simples, uma vez que a construtora está com o pagamento em dia e não tem a intenção de repassar a arena.
No entanto, a dívida da WTorre com o Palmeiras pode pesar a favor do BTG. Segundo a ESPN, a WTorre tem uma dívida estimada em R$ 160 milhões com o Palmeiras, conforme demonstrado no balanço financeiro do clube paulista até dezembro de 2023.
O Palmeiras, inclusive, entrou na justiça para cobrar a dívida da WTorre. A presidente do clube, Leila Pereira, já fez várias cobranças públicas sobre a posição da WTorre em relação aos repasses para o clube.
Cerca de R$ 50 milhões dessa dívida referem-se aos repasses da Real Arenas, divisão da WTorre que administra o Allianz Parque, para os rendimentos dos shows e eventos realizados no estádio, nos quais o Palmeiras participa.
O restante do valor é sobre os repasses que a WTorre não teria feito ao Palmeiras desde a inauguração da arena, que incluem aluguel do estádio para shows e exploração de setores de naming rights.
Para entrar neste mercado, o BTG comprou do Banco do Brasil (BBAS3) a dívida de R$ 650 milhões que a WTorre usou para financiar a reforma e construção do Allianz Parque.
Desde o fim da pandemia de covid-19, a receita do estádio, utilizando apenas os recursos de eventos e shows, excluindo a bilheteria dos jogos do Palmeiras, que são exclusivos do clube, gira em torno de R$ 200 milhões, conforme indicado na reportagem de Rodrigo Mattos.
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WTorre não tem interesse de repassar Allianz Parque
Apesar da investida do BTG, a WTorre não estaria interessada em transferir o Allianz Parque para um terceiro.
Segundo Mattos, a movimentação do BTG é vista como uma forma de pressão para que a construtora transfira a gestão para o banco, mesmo estando em dia com os pagamentos do financiamento.
“A operação financeira do estádio é vista pelo BTG como mal estruturada, pois não comporta o pagamento de todos os compromissos. Se a WTorre não quitar a dívida, o banco pode pressionar para assumir o negócio. Se a construtora se acertar com o clube, o mais provável é que o banco aceite apenas receber a dívida sem assumir a arena”, escreveu Mattos em sua reportagem.
A coluna ainda menciona que a WTorre voltou a pagar o Palmeiras há dois meses, quando soube da operação do BTG para a compra da dívida.
Segundo Mattos, a WTorre fez esses pagamentos como uma forma de demonstrar que houve uma melhora no relacionamento entre ela e o Palmeiras.
Além disso, Mattos aponta que a atitude do BTG, do ponto de vista da WTorre, para assumir o negócio é bastante hostil.
Por fim, o jornalista relata que, na disputa pelo Allianz Parque, o Palmeiras não é considerado um concorrente, pois o clube entende que isso seria muito complexo, mas é uma peça fundamental para essa disputa.
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