O Banco Pan (BPAN4) encerrou o quarto trimestre de 2024 (4TRI24) com um lucro líquido ajustado de R$ 211 milhões, representando um crescimento de 8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, o lucro ajustado atingiu R$ 855 milhões, um avanço de 10%. Os dados foram divulgados no balanço trimestral da instituição nesta última quinta-feira (6).
Controlado pelo BTG Pactual (BPAC11), o Pan ampliou sua base de clientes para 31,5 milhões, um aumento de 12% em relação ao final de 2023. Já o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ajustado ficou em 11,3% no período.
Para 2025, o CEO do banco, Carlos Eduardo Guimarães, projeta uma melhora no indicador, apesar dos desafios econômicos esperados para o ano.
A carteira de crédito do Banco Pan fechou 2024 com um saldo de R$ 52,7 bilhões, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior e de 3% frente ao terceiro trimestre. O financiamento de veículos segue como o carro-chefe do banco, representando 57% do total da carteira. Esse segmento cresceu 36% no ano, atingindo R$ 30 bilhões.
Já as operações de crédito consignado e cartão consignado correspondem a 36% da carteira total da instituição. Apesar do avanço geral, Guimarães destaca que, para 2025, o ritmo de crescimento deve ser mais moderado, mas ainda acima da média do mercado.
No último trimestre de 2024, o Banco Pan reduziu significativamente sua oferta de crédito consignado. Até o terceiro trimestre, a instituição concedia cerca de R$ 1 bilhão por mês nessa modalidade. Em dezembro, porém, esse volume caiu para R$ 400 milhões, levando à suspensão da oferta de consignado do INSS nos correspondentes bancários.
O governo federal estuda um novo modelo de crédito consignado privado, utilizando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia.
O presidente do Pan vê a proposta como positiva, desde que não haja um teto para os juros, o que, segundo ele, comprometeria a escalabilidade do produto.
Outra alternativa que pode ganhar espaço é a antecipação do saque-aniversário do FGTS, modalidade que, de acordo com Guimarães, tem grande demanda por ser um crédito de baixo custo para os clientes.
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A inadimplência do banco apresentou leve melhora no trimestre. O índice de crédito vencido acima de 90 dias caiu para 7%, ante 7,07% no terceiro trimestre. No entanto, a taxa de atrasos entre 15 e 90 dias subiu para 8,6%, frente aos 8,38% registrados em setembro.
Sobre o impacto dos juros no crédito, Guimarães afirmou que a taxa Selic tem um efeito limitado sobre as operações do banco. Isso porque suas linhas de crédito são voltadas para pessoas físicas e precificadas com base no juro futuro de dois anos, que se manteve estável.
Para 2025, o executivo destacou que os principais desafios para o setor serão a inflação e o desemprego, fatores que mais influenciam a inadimplência dos clientes. A expectativa do banco é de uma alta moderada nesses indicadores.
A receita de serviços do Banco Pan registrou um crescimento expressivo no trimestre, atingindo R$ 508 milhões, um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2023.
O volume transacionado (Total Payment Volume – TPV) também avançou, chegando a R$ 34,8 bilhões, um crescimento de 36% na comparação anual.
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