A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou, nesta terça-feira (11), a suspensão das operações da companhia aérea Voepass devido a falhas na segurança operacional. A decisão ocorre após a empresa não conseguir corrigir irregularidades apontadas em auditorias da agência.
A fiscalização foi intensificada após um acidente ocorrido em agosto do ano passado, quando uma aeronave da Voepass caiu em Vinhedo (SP), resultando na morte de 62 pessoas. Desde então, a Anac passou a monitorar de perto as condições operacionais da companhia. No entanto, a empresa não atendeu às exigências estabelecidas, como a redução da malha aérea e o aumento do tempo de solo das aeronaves para manutenção.
Motivos da suspensão
A Anac justificou a medida alegando que a Voepass demonstrou “incapacidade em solucionar irregularidades identificadas” e reincidência de problemas que já haviam sido sanados. Uma auditoria recente apontou que o sistema de gestão da empresa perdeu eficiência e não conseguiu garantir a segurança operacional.
Atualmente, a Voepass opera com seis aeronaves, atendendo 15 localidades com voos comerciais e duas por meio de contratos de fretamento. A empresa realiza conexões importantes, como entre a capital paulista e cidades do interior, incluindo Ribeirão Preto e Presidente Prudente.
A agência reguladora ressaltou que a suspensão é cautelar e pode ser revertida caso a empresa consiga comprovar a correção das não conformidades identificadas.
Posicionamento da Voepass
Em nota, a Voepass afirmou que iniciou as tratativas para comprovar à Anac que mantém os padrões de segurança exigidos. A empresa destacou que sua frota é “aeronavegável e apta a realizar voos” e reforçou o impacto da decisão sobre os passageiros que dependem do transporte regional.
A Voepass informou ainda que vai atender os clientes afetados, conforme previsto na Resolução 400 da Anac, que regula o reembolso e a reacomodação de passageiros em situações de cancelamento de voos.
Nota da Voepass na íntegra
A VOEPASS Linhas Aéreas informa que recebeu a notificação da ANAC de suspensão de sua operação e iniciou as tratativas internas para demonstrar, conforme solicitado, sua capacidade de garantir os níveis de segurança exigidos pela agência reguladora.
A companhia reitera que sua frota em operação é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança.
Essa decisão tem um impacto imensurável para milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional todos os dias e contam com seu serviço, por isso, colocará todos seus esforços para retomar a operação o mais breve possível.
Todos os passageiros que forem impactados neste momento serão atendidos nos termos do previsto pela ANAC, na Resolução 400 – que dispõe sobre as Condições Gerais de Transporte aplicáveis aos atrasos e cancelamentos de voos.
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