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Startups e venture capital: uma relação que vem revolucionando setores

Startups e venture capital: uma relação que vem revolucionando setores

O ecossistema de startups e venture capital (VC) tem se destacado na transformação de setores, no desenvolvimento de novas tecnologias e na criação de soluções inovadoras para desafios atuais. Esse é o caso da Caju, empresa de benefícios flexíveis, que conquistou a confiança da Caravela Capital, que tem mais de R$ 250 milhões sob gestão.

A Caju é uma empresa de benefícios que trabalha pensando na experiência do usuário final. O cartão veio para resolver uma dor do trabalhador, que não tinha benefícios flexíveis. Nossa estratégia de vendas é de baixo para cima (bottom up), portanto queremos que os colaboradores peçam o benefício a suas empresas”, diz Eduardo Braz, CEO e cofundador da Caju, na 9ª edição da Money Week, que segue até esta quinta-feira (17).

O produto da Caju consistia em um meio de pagamento, algo que Braz disse já saber que não conseguiria bancar sozinho. “Na época, entramos em uma rodada de pré-seed e levantamos US$ 700 mil. Isso porque era uma ideia que tinha compatibilidade com venture capital, que tem uma filosofia de ‘strike ou canaleta’”, explica.

O conceito de venture capital se aplica a empresas com potencial de pelo menos 30 a 40 vezes de retorno sobre o investimento, segundo o empresário. “O que faz sentido para o VC é o potencial de retorno que poderá ser oferecido”, completa. 

Confiança do investidor é a chave

Braz conta que, com a pandemia, os fundos deixaram de investir em negócios: “Precisávamos de dinheiro, e participamos de uma rodada de investimento bem menor do que tínhamos ambição de realizar com a Caravela, de US$ 1,75 milhão”. Esse foi o grande ponto de virada no negócio da Caju.

A Caravela é uma gestora que procura empresas em estágio inicial com alto potencial de retorno, de no mínimo 30 vezes. Segundo Lucas Dzierwa de Lima, cofundador e managing partner da companhia, “cada case é avaliado individualmente. No caso da Caju, mesmo no meio de uma pandemia, vimos um mercado grande para a empresa atuar, com um bom time desenvolvedor e valuation interessante”.

Depois do investimento, Eduardo Braz conta que a Caju e a Caravela iniciaram uma rotina de trocas muito próxima. A empresa cresceu “muito e de maneira eficiente”. 

O investimento em venture capital vai além do impacto financeiro momentâneo na empresa, mas também implica em acreditar no empreendedor quando ele mesmo não o faz”, constata o fundador da Caju, como o ponto mais importante. “Desde a nossa rodada de investimento, já crescemos mais de 30 vezes e construímos um time de 300 pessoas, com um faturamento de R$ 300 milhões.

Da esquerda para direita: Francco Marchetti, Lucas Lima e Eduardo Braz

Startups e venture capital: como escolher o investimento ideal

Lucas Lima lembra que a Caju foi o primeiro investimento em que a Caravela levantou um veículo direto “extremamente relevante”, de mais de US$ 3 milhões. 

Ao longo dos últimos quatro anos, conversamos com 3,5 mil empresas para realizar, ao fim, 27 investimentos pela Caravela. Achar uma empresa de qualidade é um processo trabalhoso, de encontrar oportunidades e passar pelas etapas de análise – não é algo óbvio”, pondera Lucas Lima. Segundo o investidor, é preciso eliminar o máximo possível de dúvidas na hora da escolha. 

Atualmente, a Caravela investe em cerca de 25 empresas de acordo com sua tese, para ter o maior retorno em venture capital na América Latina. “Todas as empresas em nosso portfólio pagam o fundo inteiro e ainda podem dar um retorno maior”, constata.

Nisso, o risco dos investimentos da gestora é limitado, já que não há limitação em apenas um ativo. No entanto, o ganho não é limitado. 

Neste ano, estamos vendo a melhor safra de empresas para investimentos. Os empreendedores têm diversas habilidades em vários setores, além de vontade de empreender de fato. Os melhores momentos para investir em startups e venture capital é aquele em que o mercado mais se afasta. Em 10 anos, sabemos que olharemos para trás e vamos desejar ter investido nessas empresas”, diz Lima.