As mulheres não devem ter medo de empreender e o mercado financeiro está de olho na importância da igualdade de gênero.
Protagonismo e liderança das mulheres nos investimentos foi tema do painel de abertura do terceiro dia da Money Week.
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Protagonismo e liderança das mulheres no mercado financeiro: cenário
Hoje, estima-se que a participação de mulheres no setor financeiro fique em torno de 11%.
O painel foi mediado pela influencer de finanças Julia Wazlavick, colunista do portal EuQueroInvestir, e contou com a participação de duas mulheres que empreenderam no meio: Carolina Cavenaghi, CEO da Fin4She, e Sara Delfim, fundadora da Dahlia Capital.
A Fin4She, contou Cavenaghi, tem o objetivo de conectar mulheres interessadas em trabalhar no mercado financeiro e empresas que buscam ampliar a igualdade de gênero.
“Trabalhei 15 anos no mercado financeiro e comecei a pesquisar diversidade e igualdade de gênero. E não se pode falar disso sem falar no empoderamento econômico e da educação financeira para as mulheres. São temas totalmente correlacionados”, explica a gestora.
Depois de realizar eventos em que a proposta era oferecer ações de educação financeira para mulheres, ela foi contatada por alunas interessadas em se aprofundar a ponto de trabalhar no setor. Ao mesmo tempo, empresas começaram a procurá-la com o mesmo objetivo: contratar mulheres.
“Sinto falta de representatividade. Precisamos de mais mulheres contando suas histórias para que outras possam se inspirar, e que o mercado se mostre mais aberto para a diversidade e equidade, para atrair esse potencial capital humano”, afirmou Carolina Cavenaghi.
Protagonismo e liderança das mulheres no mercado financeiro: de um banco estrangeiro para a gestora própria
Nascida em Portugal, Sara Delfim trabalhou por cerca de 20 anos no mercado financeiro, como funcionária de bancos estrangeiros, na área de análise de investimentos. Ela conta que, em 2017, começou a sentir que seu caminho precisava mudar.
“Chega um ponto em que a gente começa a pensar em qual será o próximo desafio, e aí percebi que meu ciclo como funcionária estava se encerrando, ainda que eu não soubesse exatamente o que queria fazer. Sabia apenas que eu queria continuar usando as ferramentas que eu já tinha aperfeiçoado durante tanto tempo”, explica.
Então, junto com outros ex-colegas, ela decidiu montar uma gestora de fundos. E conta que estabeleceu duas condições.
“Eu era a única mulher. Disse que queria um nome feminino, e escolhemos a dália, que é uma flor. E pedi que a gente buscasse ser uma empresa com igualdade de gênero a partir do nosso amadurecimento. Hoje, cinco anos depois, a Dhalia Capital já alcançou esse objetivo, inclusive com mulheres nos postos de liderança”, comemora Sara.

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Protagonismo e liderança das mulheres no mercado financeiro: dicas para ter segurança
Às mulheres interessadas em montar o próprio negócio, Sara Delfim aponta que o mercado financeiro é um setor com muito espaço.
“A indústria de investimentos viveu uma grande transformação nos últimos cinco anos, a informação ficou mais acessível e a gente ampliou o número de mulheres investidoras na bolsa, mas ainda somos minoria”, afirmou a gestora.
Segundo ela, muitas vezes as mulheres são alvo de rótulos injustos. “Muitos falam que as mulheres não gostam de tomar risco, mas não é verdade. Decidir se vai vender uma ação ou investir em um fundo é mais uma das decisões de risco que a gente toma todos os dias”, explica.
Para Carolina Cavenaghi, da Fin4She, o fundamental para empreender é contar com segurança financeira. “A principal dica é: prepare-se financeiramente, busque educação e conhecimento sobre finanças. Isso é crucial para ter certeza de uma segurança financeira que dá muito mais tranquilidade para o empreendedorismo, que é um processo de longo prazo, nem sempre com retorno rápido. Para quem começa já com a corda no pescoço é muito mais difícil”, avisa a CEO.
Sara ratificou a dica, inclusive para quem ainda não pens em empreender. “Planejamento financeiro é tudo. A pessoa sempre tem objetivos e precisa se preparar financeiramente para eles, seja abrir um negócio, seja fazer uma viagem em família, um curso no exterior ou qualquer outra coisa. A independência financeira é libertadora”, completou a fundadora da Dahlia Capital.
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Empreendedorismo e o novo governo
Sobre o atual cenário político brasileiro, elas se mostram otimistas.
“O presidente não trabalha sozinho. O atual governo fez muitas coisas que considero boas, com a privatização da Eletrobras, que é a maior empresa verde do mundo, mas foi um acordo do governo com o Congresso. Ainda não sabemos como vai ser, mas o Brasil continua sendo um país cheio de oportunidades”, afirmou Sara Delfim.
“Acho que mudanças são sempre boas, importantes, trazem trocas que geram novas oportunidades. O mercado financeiro traz muita chance de causar impacto na vida das pessoas e às vezes a gente tem uma visão restrita desse mercado, mas é possível ir além e buscar coisas novas”, completou Carolina.
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