Criptomoedas em alta. Após escândalos da FTX e desvalorização, os ativos digitais voltam a disparar, mesmo após ter sua “morte decretada” há algumas semanas quando começaram a cair de forma consistente. Porém, há alguns dias, as criptos voltaram a subir de forma acelerada.
O Bitcoin, por exemplo, já voltou a superar a barreira dos US$ 23 mil. No último mês, a moeda digital já tem uma elevação superior a 32%, alcançando a casa do valor equivalente a R$ 116.663.

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Os problemas envolvendo as criptos e sua consequente desvalorização foi a prisão do ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, preso no início de dezembro, nas Bahamas, e extraditado para os Estados Unidos, sob a acusação de diversos crimes financeiros, depois de uma crise de liquidez que derrubou a companhia e sua própria criptomoeda, a FTT.
Ele foi acusado de fraude e de uso de dinheiro de terceiros sem autorização para investimentos da corretora. Ele foi solto no dia 21, depois de pagar uma fiança de US$ 250 milhões garantida pelos pais.
Em novembro, o Bitcoin chegou a ser negociado US$ 16.630,40, bem abaixo de sua média histórica. O Ethereum, por sua vez, era negociado a US$ 1,208,04, perdendo cerca de 40% de seu valor na ocasião.
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As criptos desvalorizaram de tal forma que o economista Paul Krugman, ganhador do prêmio Nobel em 2008, chegou a decretar a morte das moedas digitais. Em artigo publicado no início de dezembro no jornal New York Times, Krugman chegou a dizer que as blockchais seriam “inúteis” e que as criptos estariam passando por um período chamado de “fimbulwinter” (termo da mitologia nórdica), que significa inverno de vários anos antes do fim de tudo o que existe.
“Nesse caso, seria o fim de todo o mundo cripto, não somente das criptomoedas”, disparou ele, na época.
Criptomoedas em alta: em 2023, chegada da primavera
Mas a chegada do ano novo parece estar representando uma espécie de nova primavera das criptomoedas. Em um mês, o bitcoin teve uma valoriação de mais de 33%, retornando ao patamar superior a US$ 20 mil. Em reais, o bitcoin estava cotado, por volta das 12h40 desta quinta-feira, a R$ 117.525.
Helena Margarido, criptoanalista da Monett, explicou que esse aumento repentino é reflexo direto do cenário macro global. “Vamos a taxa de juros dos Estados Unidos subindo a um patamar um pouco melhor do que foi em 2022. E isso traz aos investidores a perspectiva de que os juros não devem subir de forma acentuada”, explicou ela.
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Ela apontou que esse fato isolado, por si só, já foi suficiente para que o bitcoin saísse da casa dos US$ 16 mil para retornar ao patamar acima de US$ 23 mil. Enquanto isso, o ethereum saiu dos US$ 1.200 para US$ 1.600.
A criptoanalista disse ainda que é esperado um cenário de elevação das criptos para o restante do ano.
“Vemos que o tempo de correção costuma ser de um ano. Então, espera-se que após o ano de 2022, o que vem a seguir será marcado por uma boa recuperação desses ativos”, completou ela.
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