O mercado cripto vive um dos momentos mais desafiadores deste ano. Em meio a uma pressão vendedora intensa e incertezas macroeconômicas, o Bitcoin despencou para US$ 87 mil – sua pior queda desde novembro de 2024 – e grandes altcoins, como Ethereum, Solana e XRP, sofrem desvalorizações expressivas. Essa conjuntura levanta a discussão: estaríamos entrando em um bear market ou temos diante de uma oportunidade única de compra?

Criptos em bear market? Desafios e fatores de pressão
Atualmente, o ambiente cripto está marcado por um conjunto de fatores que têm contribuído para a forte baixa dos preços. O recuo do Bitcoin se tornou o epicentro de uma cascata negativa que afetou todo o mercado.
Em apenas alguns dias, foram liquidados mais de US$ 1,4 bilhão em posições long, evidenciando o nervosismo dos investidores diante de uma volatilidade que ultrapassa os níveis habituais.

Além disso, o fluxo de capital dos ETFs de Bitcoin sofreu um importante recuo, com saídas que totalizaram US$ 1,14 bilhão nos últimos dias. Esse movimento reduziu a pressão compradora e acentuou ainda mais as quedas.
As incertezas quanto à política monetária dos Estados Unidos – agravadas por uma inflação persistente e a perspectiva de cortes de juros adiados – somam-se a outros desafios, como a guerra tarifária entre EUA, Canadá e México, que pressiona o crescimento econômico global e diminui o apetite dos investidores por ativos de risco.

Para piorar o cenário, um ataque cibernético à exchange Bybit, no valor de US$ 1,4 bilhão, abalou a confiança dos operadores. O hack gerou uma onda de pânico que resultou em saques superiores a US$ 5 bilhões em apenas um dia, intensificando a pressão vendedora e alimentando um clima de incerteza generalizada.
Cenários e expectativas no curto e longo prazo
A seguir, acompanhe o que é esperado no curto e longo prazo:
Curto prazo (3 a 6 meses)
No horizonte de curto prazo, o mercado segue pressionado por fatores externos e pela baixa liquidez, o que aumenta o risco de novas correções. A resistência da inflação nos EUA e o adiamento dos cortes de juros pelo Federal Reserve – agora previstos para, no mínimo, junho ou setembro – mantêm a política monetária restritiva, limitando o fluxo de capital para ativos de risco.
Somado a isso, as medidas comerciais, como a imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e México, podem desencadear uma guerra comercial, reduzindo ainda mais a liquidez e aumentando a aversão ao risco.
Diante desse cenário, o Bitcoin tem testado uma zona de suporte crítica entre US$ 87 mil e US$ 85 mil. Se essa região for rompida, os próximos alvos podem ser fixados entre US$ 81.000 e US$ 80.000, o que indicaria uma pressão ainda maior sobre o mercado.
Longo prazo (6 a 18 meses)
Apesar das dificuldades atuais, o horizonte de longo prazo revela perspectivas mais otimistas para os criptoativos. Espera-se que, a partir do segundo semestre de 2025, o ciclo de afrouxamento monetário do Fed venha a reduzir as taxas de juros, estimulando a busca por ativos de maior risco e promovendo uma retomada da liquidez.
Outro fator que pode impulsionar o mercado é a promessa de uma regulação mais clara nos EUA, o que pode atrair novos investidores institucionais e aumentar a confiança no setor.
O sucesso relativo dos ETFs de Bitcoin abre caminho para a aprovação de ETFs de altcoins, como Ethereum e outras criptomoedas, trazendo mais capital e diversificando as oportunidades para o mercado. Além disso a discussões sobre a possibilidade de o Departamento do Tesouro dos EUA acumular criptoativos como reserva estratégica, o que poderia impulsionar a adoção institucional da classe de ativos.
Reflexão: estamos em Bear Market?
A queda do Bitcoin e o desempenho ainda mais acentuado das altcoins levam muitos investidores a questionar se o mercado entrou em um bear market. Entretanto, ao analisar os dados históricos podemos ter algumas percepções. Por exemplo:
- 2016 – 2017: Bitcoin passou meses entre US$ 900 e US$ 1.200 antes de subir para US$ 20.000.
- 2020 – 2021: BTC lateralizou entre US$ 9.000 e US$ 11.000 antes de atingir US$ 69.000.
- 2023: Consolidou entre US$ 25.000 e US$ 30.000 antes de uma recuperação expressiva.
Alguns dados demonstram que uma retração significativa pode ser, na verdade, uma fase de acumulação estratégica.

Mediante a tudo isso, a queda atual é desconfortável, mas pode representar uma cautela. A lateralização do mercado, acompanhada de uma redução no volume dos ETFs de Bitcoin e de eventos isolados, como o hack na Bybit, não necessariamente caracteriza um bear market definitivo, mas sim um período de ajustes e reestruturação.
Investir com prudência agora pode significar colher os frutos de um novo ciclo de alta no futuro. Fique atento aos indicadores, ajuste sua estratégia e prepare-se para as oportunidades que podem surgir em meio à volatilidade.
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Por Leonardo Ferreira Gonçalves, gestor da área de criptoativos da EQI Investimentos
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