Atrasei a nossa coluna semanal de forma intencional para podermos avaliar o impacto das decisões dos Bancos Centrais de quarta-feira (3).
Apesar de tudo ter saído conforme o esperado, vale a pena seguirmos de olho para não sermos surpreendidos com uma volatilidade inesperada no câmbio.
Tudo igual, mas nem tanto
No Brasil, o BC manteve a Selic inalterada. O que chamou a atenção foi o comunicado que acompanhou a decisão.
Um pouco mais suave que o esperado, o que pode abrir espaço para quedas no futuro não tão distante.

Para onde apontar?
Se por um lado a inflação segue incomodando o FED, a alta de 0,25 ponto porcentual de ontem pode ter sido a última do ano.
Com bancos em dificuldade e a tentativa de reeleição de Joe Biden no horizonte, está bem difícil saber para onde vão os juros na terra do Tio Sam.
Real
Nestes dois movimentos, a moeda brasileira reagiu bem, valorizando até frente ao Dólar. O diferencial de juros segue em patamares semelhantes e, pelo menos por ora, deve ajudar a manter as cotações “de lado”.
O que vem por aí
E para tirar esta relativa tranquilidade, vejo algumas possibilidades.
Alguma novidade em relação ao Fiscal (seja para qual lado for) ou notícias de Brasília.
De turbulência externa, as questões geopolíticas podem dar uma complicada nos próximos dias, basta ver o que ocorreu em Moscou ontem pela manhã (ataque de drones ao Kremlin que, segundo a Rússia, tinha como objetivo matar o presidente russo, Vladimir Putin).
O meu muito obrigado e até semana que vem!
Câmbio, desligo!
Por Alexandre Viotto, co-Head de Banking da EQI