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China: Xi Jinping em novo mandato; PIB cresce 3,9% no 3TRI22

China: Xi Jinping em novo mandato; PIB cresce 3,9% no 3TRI22

O presidente da China Xi Jinping tem um novo mandato e foi reconduzido para um histórico terceiro seguido. No último sábado (22), o mandatário chinês apresentou a nova cúpula do Partido Comunista, com políticos mais aliados à sua posição. 

Além disso, ontem (23), o National Bureau of Statistics of China divulgou que o PIB cresceu 3,9% no 3TRI22, ante a expectativa de 3,4%. A princípio, os dados deveriam ser publicados na semana passada, mas foi adiado, por conta do Congresso do Partido Comunista. 

Outros indicadores relevantes chineses anunciados, recentemente, foram a produção industrial, que avançou 6,3% em setembro, acima dos 4,5% esperados. As vendas no varejo registraram alta anualizada de 2,5%, ante expectativa de 3,3%. 

Outros dados de destaque foram as exportações que avançaram 5,7%, quando tinham uma projeção de 4%, enquanto que as importações subiram 0,3% em setembro contra um ano antes, abaixo da previsão de 1%.

Apesar dos dados acima da expectativa, a principal bolsa de valores da China, a Hang Seng, caiu 6,36%, nesta segunda-feira (24). Esta é a maior queda desde 2008. O mercado repercutiu de forma negativa os novos nomes da cúpula do Partido Comunista, com uma posição mais favorável de Xi Jinping. 

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Bolsa de valores da China, Hang Seng, caiu mais de 6% - Fonte: Google Finanças
Bolsa de valores da China, Hang Seng, caiu mais de 6% – Fonte: Google Finanças

Xi Jinping tem novo mandato com nova cúpula favorável ao presidente

Os seis homens conduzidos para o Comitê Permanente do Partido Comunista, mais favoráveis ao presidente Xi Jinping, afligem os analistas de política internacional, uma vez que este movimento pode enfraquecer ainda mais os freios e contrapesos que ainda tinham para o poder do presidente. 

A manutenção de um grupo de políticos mais aliados com o atual mandatário chinês levanta uma preocupação referente aos da segunda maior economia do planeta: política de tolerância zero à covid-19 e questões geopolíticas. 

As medidas sanitárias de tolerância zero à covid-19 diminuíram o consumo na China. Diante disso, o ritmo de crescimento chinês diminuiu consideravelmente. Ademais, os limites à captação de empréstimos pelas incorporadoras provocaram um forte declínio do mercado imobiliário.

Para o jornal Valor Econômico, o consultor sênior da McLarty Associates, Steven Okun, alerta para o enfraquecimento dos laços da China com os Estados Unidos, em que o país asiático tende a se aproximar cada vez mais com a Rússia.  

Para muitos investidores e empresas estrangeiras, a China é essencial, não é uma questão de opção”, afirmou Okun. Ele ainda acrescenta que “houve uma pausa nos novos investimentos no país, e fluxos recorde rumaram ao Sudeste Asiático e à Índia”.

O premiê da China, Li Keqiang, que era um ponto de contrapeso das políticas econômicas apresentadas por Xi, foi aposentado. Ele será substituído por Li Qiang, secretário do partido em Xangai, de acordo com o “The Wall Street Journal”.

A publicação norte-americana informa que Li Qiang é um dos responsáveis pela política fracassada de lockdown em Xangai, no início deste ano. Inicialmente, ele até tentou apresentar uma estratégia mais branda, mas com o aumento no número de casos, Pequim trouxe o vice-premiê e adotou uma abordagem mais rigorosa no combate da pandemia.

O jornalão americano aponta que ainda não se sabe qual será a influência de Li na economia, porém diversos empresários, que negociam com Li ao longo dos anos, destacam que estão otimistas sobre o possível impacto dele na direção da pasta. 

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