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Congresso do Partido Comunista vai sinalizar diretrizes da China nos próximos anos

Congresso do Partido Comunista vai sinalizar diretrizes da China nos próximos anos

O mundo terá os olhos voltados com especial atenção para a China a partir do próximo dia 16, quando será aberto o 20º Congresso do Partido Comunista Chinês, que vai definir as diretrizes de governo do país para os próximos anos e deve ter como principal notícia a recondução do líder Xi Jinping à presidência pelos próximos cinco anos.

Xi, de 69 anos, acumula desde 2013 os postos de presidente e secretário-geral do Partido Comunista. No último Congresso, em 2017, além de ser reconduzido, ele conseguiu aprovar uma mudança nas regras que limitavam a possibilidade de reeleição, o que deve lhe assegurar um terceiro mandato.

Se ele confirmar a nova reeleição e cumprir o mandato até o fim, em 2028, será o líder chinês mais longevo desde Mao Zedong, que liderou a revolução comunista em 1949 e só deixou o poder com sua morte, em 1976.

Prioridades econômicas em foco no Congresso do Partido Comunista

O congresso do Partido Comunista Chinês normalmente dura uma semana e acontece do Grande Salão do Povo, que fica na Praça da Paz Celestial, no centro de Pequim. As principais prioridades, no campo econômico, devem ser a respeito da forma como o país, principal contraponto dos Estados Unidos no cenário mundial nos últimos anos, conduzirá suas políticas num momento de desaceleração interna.

Na semana passada, o Banco Mundial reduziu em 2 pontos sua estimativa para o crescimento da China em 2022, de 4,8% para 2,8%, acompanhando movimentos de outras instituições, como o Banco de Desenvolvimento da Ásia. O FMI, por ora, prevê esse crescimento em 3,3%.

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A pandemia de covid-19, iniciada no começo de 2020, provocou uma redução no ritmo do crescimento econômico que ainda não foi resolvida, especialmente porque casos tardios da doença têm provocado lockdowns regionalizados, numa estratégia criticada até mesmo pela Organização Mundial ada Saúde, que vem defendendo o controle da doença por meio de vacinação.

Além disso, o mercado imobiliário chinês viveu dias tensos em 2022, com o risco de falência da Evergrande, uma das principais empreiteiras do país, e uma redução drástica nos índices de vendas de imóveis e de atividade do setor de construção civil.

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Atritos políticos com o Ocidente

Além disso, a China tem enfrentado atritos internos e externos nos últimos anos, com a realização de protestos populares e manifestações pela independência em Taiwan que receberam apoio de líderes norte-americanos. O presidente Joe Biden, no mês passado, diz que o país não hesitaria em enviar tropas a Taiwan para ajudar o país numa eventual invasão ordenada pelo governo central de Pequim.

Os Estados Unidos também têm aumentado sua agressividade na tentativa de impor um bloco econômico com a região do leste asiático e do Oceano Pacífico que incluem vizinhos da China, como o Japão e a Coreia do Sul, além de economias regionais em ascensão, a fim de diminuir a influência da China sobre esses países.

Xi Jinping tem se mostrado, nestes primeiros nove anos de governo, um partidário da postura de enfrentamento ao Ocidente por meio do crescimento econômico e do estabelecimento de parcerias comerciais. Sua recondução ao cargo deve, portanto, sinalizar um reforço nessa posição.

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