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Vale (VALE3) avalia troca de presidente em meio a crise de sucessão

Vale (VALE3) avalia troca de presidente em meio a crise de sucessão

Vale confirma que conselho avalia sucessão de Bartolomeo após ofício da CVM. Empresa diz que processo segue política interna e legislação vigente

A Vale (VALE3) confirmou que o Conselho de Administração está avaliando a situação do atual presidente, Eduardo Bartolomeo, cujo mandato termina em 26 de maio.

A resposta da mineradora veio de um questionamento, feito por meio de um ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), sobre uma notícia publicada no jornal O Globo, que afirmava que a decisão sobre a troca no comando da empresa havia sido adiada. 

Uma reportagem do jornal cita que fontes anônimas diziam que o Conselho de Administração da Vale estava dividido sobre a renovação do mandato de Bartolomeo ou a escolha de um sucessor.

Em nota enviada, a Vale confirmou que o CA está avaliando a situação do presidente e que o processo está seguindo a Política de Sucessão do Presidente da Vale, que prevê o apoio do Comitê de Pessoas e Remuneração. 

A empresa destacou que o processo está em conformidade com as legislações aplicáveis e com as melhores práticas de governança corporativa, e que a decisão do Conselho poderá ocorrer até o fim do mandato em vigor. 

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Entenda a situação da sucessão da Vale

O conselho de administração da Vale adiou a definição sobre a sucessão de Bartolomeo, que tem contrato até maio. A medida visa evitar um desgaste político com o governo, que teria interesse em indicar o ex-ministro Guido Mantega para o cargo.

Bartolomeo enfrenta a oposição da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que detém 10,4% do controle da mineradora. O fundo alega que o desempenho da Vale tem sido inferior ao de concorrentes e que há fragilidades na gestão e na relação com as comunidades afetadas pelos desastres de Mariana e Brumadinho.

O nome mais cotado para substituir Bartolomeo é o de Luiz Henrique Guimarães, ex-presidente da Cosan (CSAN3) e membro do conselho da Vale. No entanto, ele não tem o apoio de todos os acionistas, especialmente da Mitsui, que possui 10,1% do controle.

Diante do impasse, o conselho considera a possibilidade de propor um mandato mais curto para Bartolomeo, de um ano em vez de três, ou incluí-lo em um processo sucessório com uma lista tríplice, que seria definida posteriormente.

A Vale esteve no centro das atenções nos últimos dias, após a divulgação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria interesse em indicar Mantega para a presidência da companhia, e não apenas para uma vaga no conselho. Mantega foi ministro da Fazenda nos governos de Lula e Dilma Rousseff, e é visto com desconfiança pelo mercado financeiro. 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a indicação de Mantega no X (ex-Twitter), elogiando sua capacidade e compromisso com o país.