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Nova crise imobiliária na China pode ameaçar Ibovespa; entenda

Nova crise imobiliária na China pode ameaçar Ibovespa; entenda

O Ibovespa registrou 10 quedas consecutivas desde 1° de agosto. Esta é a pior sequência de baixas em 25 anos para a bolsa brasileira. E o cenário não parece ter perspectiva de melhorar no curto prazo, com notícias negativas, sobretudo da crise imobiliária da China, preocupando investidores.

O setor imobiliário na China permanece instável, agora com a forte crise de liquidez da Country Garden, uma das maiores construtoras do país, que tem forte atuação em cidades pequenas e médias. 

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Segundo a agência Dow Jones, a Country Garden anunciou no domingo (13) que suspendeu a negociação de dez títulos corporativos. A companhia não pagou os juros dos seus empréstimos, que venceram na semana passada, após os prejuízos bilionários no primeiro semestre do ano. 

A incorporadora também busca estender o prazo de pagamento de uma dívida de US$ 537 milhões, com vencimento em 2 de setembro. 

Agora, a empresa tem um período de carência de 30 dias para honrar os pagamentos ou pode falir de vez.

Além da suspensão dos títulos, as ações da Country Garden também foram penalizadas, diante da projeção de que a companhia pode reportar o pior prejuízo para um período desde que abriu capital há 16 anos, segundo a Dow Jones. 

Na última quinta-feira (10), a incorporadora disse que o prejuízo líquido deve alcançar 55 bilhões de yuans (US$ 7,60 bilhões) no primeiro semestre.

Crise imobiliária na China deve ser mais impactada

Uma eventual quebra da Country Garden seria mais desastrosa que a da própria Evergrande, já que a Bloomberg calcula que ela tenha quatro vezes mais projetos em andamento. 

Em 2021, a Evergrande, segunda maior incorporadora do país, alertou dificuldades de pagar sua dívida de US$ 300 bilhões e abalou a confiança do mercado. A crise imobiliária da China, desde então, tomou um rumo mais grave.

No caso da Country Garden, o efeito dominó no mercado imobiliário – e na economia – seria expressivo, já que o setor representa cerca de um quarto do PIB chinês. Por esse motivo, a probabilidade da incorporadora quebrar é baixa, uma vez que o governo chinês deve intervir para evitar a contaminação da economia chinesa.

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Crescimento menor na China impacta empresas

Além do prejuízo de empresas, a retomada da economia chinesa não vem acontecendo da maneira que o mercado projetava. Com crescimento menor da China, especialistas apontam que o impacto a ser sentido no Brasil será em empresas ligadas a commodities.

As ações da Vale ($VALE3), por exemplo, acumulam uma desvalorização de 30,76% no ano. Isso porque os preços do minério de ferro também têm apresentado grande oscilação, conforme novos anúncios da China.

Apesar das notícias negativas, o $XINA11, principal fundo de índice (ETF) do mercado chinês negociado na B3, encerrou a sessão de segunda-feira (14) em leve alta de 0,54%, a R$ 5,62. Já o $MCHI, que acompanha o MSCI China, fechou o dia em queda de 0,72%, negociado a US$ 45,51.

Tá, e aí?Luís Moran, head da EQI Research

A saída da pandemia, na China, desde que abandonou sua política de covid zero, tem sido de frustrações, segundo Luís Moran, head da EQI Research. “A China não consegue voltar a crescer no ritmo de antes e tem tido muitas dificuldades de conceder os estímulos necessários para que isso aconteça“, diz o especialista.

Na visão de Moran, o país parece ter rompido uma relação de confiança com os agentes econômicos, e tem cada vez mais empasses para retomá-la. O especialista diz que os estímulos dados pelo governo, até então, não têm feito efeito.

Investidores ficam cada vez mais receosos para investir nesse tipo de ambiente, e isso acaba prejudicando ainda mais o crescimento da economia local. A China terá dificuldades para sair dessa situação, o que gera receio em relação ao seu crescimento e às empresas relacionadas a commodities, como minério de ferro e siderurgia“, avalia Moran.

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