18 Mai 2022 às 17:42 · Última atualização: 24 Jun 2022 · 2 min leitura
18 Mai 2022 às 17:42 · 2 min leitura
Última atualização: 24 Jun 2022
Reprodução: Agência Brasil / Marcelo Casal Jr
O presidente do Banco Central (BACEN), Roberto Campos Neto, declarou que a instituição monetária avalia a criação de regras para o mercado de carbono no Brasil.
A afirmação foi feita hoje (18) na abertura do “Mercado Global de Carbono: Descarbonização e Investimentos”, um evento organizado pela Petrobras (PETR3; PETR6) e pelo Banco do Brasil (BBAS3).
Em seu discurso, Campos Neto revelou que a instituição organizará uma equipe para pensar e analisar as normas que serão desenhadas para que o “mercado de carbono se desenvolva” no país.
Além disso, destacou que a autoridade monetária tem ciência das preocupações em torno da agenda climática e como esta impacta a política monetária e a estabilidade financeira do país. Para exemplificar, citou como os índices inflacionários foram afetados em razão dos choques climáticos.
“Ondas de calor, geadas, secas e outros eventos têm afetado os preços de alimentos e energia, com impactos negativos sobre a inflação brasileira”, pontuou.
Campos Neto apontou que o desenvolvimento deste mercado apresenta-se como um enorme desafio. No entanto, reforçou que ele também gera inúmeras oportunidades, sobretudo no Brasil, “um país com enorme potencial ambiental”, disse.
Além do mais, frisou que o mercado de carbono tem se expandido nos últimos anos.
Entre os principais fatores que contribuem para esse crescimento, ele destaca: o amadurecimento da sociedade em relação às pautas ambientais, o aumento do rigor nas leis reguladoras por partes dos países, além do fato de a dimensão da precificação não ter tomado ainda proporções mais amplas.