A venda da Kabum à Magazine Luiza (MGLU3) pode ser anulada. Ao menos é isto o que pretendem os fundadores da plataforma de e-commerce de tecnologia e jogos.
Os executivos alegam que a intermediação da transação, promovida pelo Itaú BBA, teve conflito de interesse.
Vale destacar que a venda estava atrelada a dinheiro e participação em ações, e os papéis da varejista amargam queda de 42,16% no período de um ano.
Para se ter ideia, o ativo já chegou a ser cotado acima dos R$ 80 e fechou a cotação no dia 27 de fevereiro de 2023 em R$ 3,65.
Com isso, os fundadores Leandro e Thiago Camargo Ramos foram à Justiça para pedir a produção antecipada de provas contra o Itaú BBA.
Eles dizem acreditar que o banco de investimentos e o executivo da área de fusões e aquisições que os assessorava, Ubiratan Machado, favoreceram o Magazine Luiza.
Além disso, solicitaram que haja um “processo interruptivo de prescrição” para, assim, viabilizar uma possível anulação do contrato de venda.
Segundo o Estadão, a interrupção do prazo de prescrição também daria condições para ações judiciais com objetivo de os irmãos serem indenizados pelo Itaú BBA, por Machado e pelo Magazine Luiza.

Magazine Luiza (MGLU3) versus Kabum
Com o objetivo de se posicionar, o Itaú BBA remeteu comunicado ao mercado alegando que a referida venda ocorreu em um processo competitivo transparente, e que envolveu diversos interessados.
O banco lamentou a ação judicial em que fundadores da empresa afirmam haver um suposto conflito de interesse do banco na transação.
Vale lembrar que a venda ocorreu em julho de 2021, e foi financiada pelo Magalu através de uma oferta de ações.
O BBA, que assessorava a Kabum na busca por um comprador, também assessorou a oferta, e isso, segundo os irmãos Leandro e Thiago Ramos, configuraria um conflito de interesse. Eles argumentam que o BBA teria favorecido o Magalu no processo para que a oferta saísse.
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