Os analistas do Time Macro & Estratégia do BTG Pactual (BPAC11) acreditam que o setor de combustíveis deve continuar a segurar a inflação em setembro, apontando a possibilidade de persistência de um quadro de deflação no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em agosto, a deflação foi de 0,36%, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, o índice já havia sido negativo, de -0,68, e, no acumulado dos 12 meses, o IPCA está em 8,75%.
“Para setembro, novos reajustes da Petrobras anunciados no mês devem impactar novamente os preços dos combustíveis e manter o grupo de Transportes com leitura mais branda. Além disso, a instituição de uma multa diária às distribuidoras que ainda não tenham implementado a mudança de base do ICMS deve tirar 29 bps da leitura de inflação do mês”, dizem os analistas do BTG.
Outro fator que deve contribuir para reduzir a inflação é a queda dos preços dos combustíveis por causa da desaceleração dos preços do petróleo no mercado internacional, uma vez que a Petrobras segue usando esse valor como parâmetro.
Como risco de pressionar para cima a inflação, os analistas apontam a consolidação do Auxílio Brasil no valor de R$ 600, que “pode impulsionar o segmento de Alimentos, com destaque para Alimentação no Domicílio”.
Além disso, a despeito da política de restrição monetária adotada pelo Copom, que estabeleceu a Selic em 13,75% e não dá sinais da redução dos juros no curto prazo, a atividade econômica permanece resiliente, o mercado de trabalho aquecido e a renda disponível das famílias tem registrado aumento. Esses fatores, segundo a análise do BTG, “deve manter o setor de Serviços pressionado para alta nos próximos meses”.
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