O McDonald’s (MCD; MCDC34) divulgou nesta segunda-feira (10) o balanço do quarto trimestre de 2024 (4TRI24), registrando um lucro líquido de US$ 2,02 bilhões, equivalente a US$ 2,80 por ação, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de US$ 2,04 bilhões.
O lucro ajustado, que exclui impactos da venda de sua operação na Coreia do Sul e custos de aquisição da franquia israelense, ficou em US$ 2,83 por ação, em linha com as expectativas de Wall Street. No entanto, a receita da rede de fast-food ficou abaixo das projeções, atingindo US$ 6,39 bilhões, ante os US$ 6,44 bilhões esperados, conforme levantamento da LSEG.
Queda nas vendas nos EUA impacta desempenho
As vendas em lojas abertas nos EUA há pelo menos um um ano (same-store sales) caíram 1,4%, um recuo maior do que os 0,6% esperados por analistas.
A empresa atribuiu parte do resultado fraco ao impacto de um surto de E. coli no fim de outubro, que foi ligado ao Quarter Pounder, seu tradicional hambúrguer de carne bovina.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) identificou as cebolas fatiadas como a provável origem do problema. Após a troca do fornecedor, o CDC declarou oficialmente o fim do surto em dezembro, mas a repercussão afetou o tráfego nas unidades da rede, principalmente nos estados mais atingidos.
Outro fator que influenciou negativamente as vendas foi a redução do ticket médio dos consumidores, mesmo com uma leve alta no fluxo de clientes. Para impulsionar as vendas, a empresa lançou um combo promocional de US$ 5 no meio do ano, buscando atrair consumidores mais sensíveis a preços.
A estratégia funcionou no terceiro trimestre, mas analistas alertam que ofertas desse tipo só são sustentáveis quando os clientes incluem itens não descontados em seus pedidos, o que não aconteceu no último trimestre.
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Desempenho global mais forte sustenta os resultados
Apesar da fraqueza nos EUA, a performance internacional foi positiva, ajudando a compensar o impacto negativo do mercado norte-americano.
A divisão de mercados internacionais licenciados, que inclui Oriente Médio e Japão, registrou um crescimento de 4,1% nas vendas em mesmas lojas. Já a divisão de mercados operados diretamente, que abrange alguns dos principais países da rede, teve um crescimento mais modesto, de 0,1%.
Entre os destaques, Reino Unido e outros mercados europeus apresentaram uma leve queda nas vendas, enquanto a maioria dos países viu crescimento na comparação anual.
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