A inflação da Argentina apresentou a menor alta em um mês em mais de seis anos. O índice de preços ao consumidor (CPI) avançou 1,5% na comparação mensal, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Esta é a menor pressão inflacionária sobre o país desde novembro de 2017, quando os argentinos viram uma alta de 1,4%.
A desaceleração da inflação mensal se tornou evidente quando comparada com o desempenho de abril, que havia apresentado alta de 2,8%. Esta redução de 1,3 ponto percentual indica uma tendência de arrefecimento das pressões inflacionárias no país sul-americano.
Apesar da melhora no comparativo mensal, a inflação anual ainda permanece em patamares elevados. Em maio, o índice acumulado em 12 meses atingiu 43,5%, representando uma ligeira desaceleração em relação aos 47,3% registrados em abril. No acumulado do ano até maio, a inflação argentina alcançou 13,3%.
A análise por setores da inflação da Argentina revela que o grupo “Comunicação” foi o principal responsável pelas pressões inflacionárias em maio, com alta de 4,1%. Segundo o Indec, este aumento foi impulsionado principalmente pelos reajustes nos serviços de telefonia e internet.
O setor de “Restaurantes e Hotéis” ocupou a segunda posição, com variação de 3%, reflexo das pressões nos preços de alimentos consumidos fora do domicílio, um indicador que costuma sinalizar o repasse de custos operacionais para o consumidor final.
Em contrapartida, os grupos que apresentaram as menores variações foram justamente aqueles relacionados ao consumo básico da população. “Alimentos e bebidas não alcoólicas” registrou alta de apenas 0,5%, enquanto o setor de “Transporte” teve variação de 0,4%.
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